Dos livros para nossos smartphones: afinal, os novos jogos para celular de “Harry Potter” valem a pena?

Ainda estimulados pelos nossos dois últimos “vale a pena ler?”, quando destrinchamos a série literária Harry Potter (relembre) e os roteiros originais de “Criança Amaldiçoada” e “Animais Fantásticos e Onde Habitam” (relembre), desta vez decidimos mudar um pouco o curso e, saindo das páginas dos livros, voltamos toda nossa atenção para as telas de nossos smartphones. Ansiosos pela oportunidade interagir com o universo mágico de J.K. Rowling em um outro nível, foi com muita euforia que presenciamos, de 2016 para cá, o lançamento de dois novos games liberados exclusivamente para Android e iOS.

Seja estudando em Hogwarts ou investigando criaturas para o Ministério da Magia, Harry Potter: Hogwarts Mystery e Animais Fantásticos: Mistérios chegaram com tudo nas lojas virtuais e, sem qualquer custo (ou quase isso), nos deixaram ainda mais entusiasmados com o tão amado mundo dos bruxos. Mas, em meio a tantas dúvidas, a pergunta que não quer calar não poderia ser outra: com a possibilidade de lucro nas alturas, será que estes jogos cumprem o seu propósito ou são apenas uma tentativa ardilosa de tirar dinheiro dos fãs? Façam suas apostas e acompanhem, a seguir, nossos principais apontamentos.

Precedentes em outros consoles:

“Lego Harry Potter: Years 1-4” (2010), game disponível para iOS, Android, PC, Nintendo DS, Wii, PS3, PS4, PSP e Xbox 360

Não é de hoje que a trajetória do “Menino que Sobreviveu” é recontada em títulos que ganharam os consoles das mais variadas gerações. Isso porque, já no começo dos anos 2000, “A Pedra Filosofal” (2001) e “A Câmara Secreta” (2002) tentaram, mesmo que nos simplórios gráficos do primeiro PlayStation, reproduzir a experiência única de comandar um jovem Harry por entre os corredores de Hogwarts (relembre nossos jogos favoritos para PS1 clicando aqui e aqui). Os anos se passaram e, com eles, fomos contemplados com gráficos cada vez melhores combinados à jogabilidades muito mais elaboradas.

Ganhando seu espaço em lançamentos redirecionados para PC, PS2, PS3, PS4PS Vita, PSP, GameCube, Xbox, Xbox 360, Wii, Nintendo DS, GBC e GBA, o legado de Potter surge agora apostando todas suas fichas em games destinados para a maior classe consumidora de jogos eletrônicos da atualidade. Fazendo uso do nome comercial que somente esta marca possui, os novos títulos exploram uma jogabilidade simples que não deverá ser um desafio para jovens e adultos de qualquer idade. Porém, todo cuidado é pouco, e antes que suas expectativas aumentem demais, algumas ponderações precisam ser feitas.

A sua carta de Hogwarts finalmente chegou:

Aula de voo em “Harry Potter: Hogwarts Mystery”

É com esta chamada super convidativa que a Jam City e a Portkey Games anunciaram, no começo do ano, o que muita gente esperava desde a popularização dos jogos gratuitos para smartphones. Se comprometendo a nos entregar a tão sonhada vida de um aluno de Hogwarts, a produtora de “Panda Pop” já havia antecipado que o jogador encontraria diversas novidades em Harry Potter: Hogwarts Mystery, incluindo: assistir aulas com os professores Snape, McGonagall, Hooch e Flitwickescolher sua própria casarealizar feitiçosparticipar de duelosexplorar o castelo e se aventurar numa nova história escrita especialmente para o game. Passando-se alguns anos antes do primeiro ano de Harry na escola, logo após a queda de Lorde Voldemort, o jogo se vende como um RPG, ofertando-nos diversas respostas para os questionamentos que são feitos em seu decorrer. Bem, pelo menos é o que dizem, pois só quem já jogou RPGs deste tipo sabe que nem sempre isso funciona de verdade.

Detalhes à parte, “Hogwarts Mystery” utiliza um sistema de energia bem semelhante ao “Britney Spears: American Dream” (relembre nossa resenha para o Co-op Geeks) na qual o jogador precisa clicar quantas vezes forem necessárias em uma ação determinada para cumprir seus objetivos (assim como exemplificado na imagem que introduz este tópico). Logo, você não precisará de muitos minutos para notar que não dá para passar horas jogando, a não ser, é claro, que resolva reabastecer suas energias com diamantes comprados com dinheiro de verdade (ou adquiridos gratuitamente enquanto joga). Caso não queira mexer na carteira, o jeito mesmo é esperar 1h40min para ver seu reservatório mais uma vez completo – ou sair clicando em pontos específicos do cenário para recolher frações de energia distribuídas periodicamente. Assim como os demais free to play, a maior parte dos itens realmente legais só podem ser desbloqueados com dinheiro de verdade; por isso, paciência ao acumular suas moedas e diamantes.

Disponível para download desde abril de 2018 para Android e iOS, “Harry Potter: Hogwarts Mystery” permite que você viva os sete anos de Hogwarts em uma nova aventura inspirada pelo universo mágico de J.K. Rowling. Desenvolvido pela Jam City, Inc. sob a licença da Portkey Games, é indicado para usuários maiores de 10 anos e deve ser jogado conectado à internet. Veja o trailer

Quebrando um pouco a fórmula escarrada dos click and point, a surpresa de “Hogwarts Mystery” fica mesmo no momento em que sua personagem deverá lançar feitiços, voar de vassoura e preparar poções. Isso porque, para usar Lumos, Incendio ou Flipendo, basta que você repita os desenhos que aparecerão na tela do seu celular para ver a magia finalizada (como na imagem acima). Outro ponto positivo, e certamente o mais inovador, é a possibilidade de montar seu próprio avatar da maneira que bem entender. Com diversas opções de formato de rosto, nariz, olhos, cor de pele e penteados, o jogador finalmente tem a chance de se ver “andando” pelos terrenos de Hogwarts e dividindo aulas com seus colegas de classe (as aspas se deve ao fato de que, tecnicamente, você não anda, pois a tela só se movimenta horizontalmente enquanto seu avatar fica paradinho no canto esquerdo). Por fim, também devemos destacar os duelos, que apesar de simples, são bem divertidos. Numa simples releitura do clássico jokenpô, os comandos agressivo, defensivo e sorrateiro substituem a pedra, o papel e a tesoura da brincadeira original.

Na história do game, você é o irmão mais novo de Jacob, um ex-estudante expulso de Hogwarts por investigar as Criptas Malditas: câmaras amaldiçoadas que, supostamente, estão escondidas no castelo. Só que, para complicar ainda mais sua vida, Jacob está desaparecido, e assim que você dá início ao seu primeiro ano na escola, os boatos sobre ele perseguem sua personagem para onde quer que ela vá. Dividido entre a vontade de aprender magia e a busca pela verdade, o jogador moldará sua personalidade de acordo com as escolhas que toma. Muitas destas escolhas dependerão, é claro, dos níveis de coragem, empatia e sabedoria a serem preenchidos durante a jogatina. Inevitavelmente, logo você se verá investigando as tais Criptas Malditas, e é graças à ajuda de seus amigos (à contragosto de Mérula Snyder, uma aluna mesquinha da Sonserina) que o desfecho da trama vai aos poucos se revelando. Gradativamente, novos feitiços, personagens e lugares se tornam acessíveis conforme você avança no jogo.

Aguce estes olhos de águia:

Investigando a mansão dos Cloke no mistério nº 9 de “Animais Fantásticos: Mistérios”

Mudando de pato para ganso, Animais Fantásticos: Mistérios (“Fantastic Beasts: Cases from the Wizarding World”) não apenas nos traz uma trama diferente, mas também arrisca em uma jogabilidade mais retrô. Recentemente alistado pelo Ministério da Magia para trabalhar como investigador pelo Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, aqui o jogador precisará aguçar sua habilidade visual para desvendar os casos pendentes de solução submetidos ao seu setor. Acompanhado da divertida Mathilda Grimblehawk, é seu dever por um fim aos muitos problemas causados por bruxos e trouxas que ameaçam a segurança das mais fascinantes criaturas mágicas. Como seu trabalho não é moleza, também entram em cena outros funcionários do Ministério e do Hospital St. Mungus para ajudar, como o charmoso Cerberus, do Departamento de Execução das Leis da Magia, e o sempre apático curandeiro Omar. Outras personagens de destaque incluem Myra, do Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas, o historiador Sage e a herbologista e mestra em poções Gethsemane.

Sem muitos rodeios, podemos dizer que “Cases from the Wizarding World” se resume, sem tirar nem por, na imagem que encabeça este tópico. Em um cenário visualmente poluído, o jogador deverá indicar cada uma das quinquilharias destacadas da sua lista de itens, assim como nos clássicos jogos de encontrar objetos escondidos popularizados nos primórdios da internet. Apesar da premissa simples (já que é isto que você faz em 95% do game), a jogabilidade não se resume a “clicar e apontar”, pois, conforme informado pelo próprio jogo, o jogador deverá ainda entrevistar testemunhas, analisar provas, lançar feitiços, fazer poções e decifrar pistas escondidas para investigar e resolver os mistérios. Os outros 5% consistem em reunir pedaços de artefatos quebrados, friccionar a tela para limpar a sujeira de determinados objetos, traçar um desenho que simula o movimento da varinha (assim como em “Hogwarts Mystery”) e repetir padrões para resolver quebra-cabeças.

Disponível para download desde novembro de 2016 para Android e iOS, “Animais Fantásticos: Mistérios” apresenta 14 mistérios diferentes inspirados pelo universo mágico de J.K. Rowling. Desenvolvido pela Mediatonic Games em parceria com WB Games, é indicado para todos os públicos e deve ser jogado conectado à internet. Veja o trailer

Cada mistério possui 3 cenários diferentes compostos de 9 cenas (das quais 3 são bônus), sendo que cada cena comporta 5 estrelas. São essas estrelas, conquistadas após explorar as cenas diversas vezes (até você atingir a pontuação necessária), que lhe permitirão executar as tarefas dadas pelo jogo, como lançar feitiçosconversar com as demais personagens e decifrar as pistas encontradas. Correndo contra o relógio (bem, não que você tenha um tempo determinado para completar sua lista de objetos, mas é claro que quanto maior a demora, menor a pontuação), o jogador encontra ao seu dispor o auxílio daquelas personagens que mencionamos logo acima, cada uma com um número diferente de dicas para dar (variando de 1 a 5), já que muitas das bugigangas são praticamente invisíveis aos olhos mais esguios. Entre os bônus de cada cenário você encontra: uma cena espelhada, uma contagem regressiva e um jogo dos sete erros.

Apesar de as poções disponíveis congelarem o tempo por alguns segundos e aumentarem o número de dicas e o multiplicador de pontos, no fim se mostram pouco eficazes, já que só podem ser obtidas com diamantes (comprados com dinheiro de verdade) ou com ingredientes localizados aleatoriamente. É claro que estes diamantes também podem ser adquiridos gratuitamente, mas de forma muito mais escassa (como nas missões extras e com o bônus diário). Além disso, por mais que a interação com a sua lista de contatos seja mínima (seus amigos são utilizados exclusivamente para dar dicas), a maior falha de “Mistérios” está mesmo no sistema de reposição de energia, que assim como o de “Hogwarts Mystery” é recarregado com o passar do tempo. Isso porque, para investigar cada cena, são necessárias 20 esferas de energia, e seu contador possui um limite máximo de 120; logo, só dá para investigar uma cena 6 vezes até chegar a zero. Seguindo a mesma lógica das poções, também dá para comprar energia adicional, mas esteja desde já preparado para mexer no seu bolso.

Controvérsias, expectativas e acessibilidade:

Além de trazer gráficos bem feitos e o mais detalhistas possíveis, diversas personagens clássicas, como Hagrid, dão as caras em “Hogwarts Mystery”

Por muito e muito tempo, diversos admiradores da obra de J.K. Rowling sonharam com o dia em que se veriam caminhando livremente entre os fabulosos cenários que compõem o universo mágico de Harry Potter. Seja pessoalmente, visitando os parques temáticos de Orlando e Londres, ou virtualmente, por meio de jogos de videogame, é unânime dizer que este sonho já se agarrou, nem que seja uma única vez, a todos aqueles que já leram ou assistiram as aventuras do bruxinho mais famoso de todos os tempos. Surgindo como uma luz no fim do túnel, foi em uma torrente chuva de expectativas que os games que dão título a esta resenha, principalmente “Hogwarts Mystery”, reacenderam uma chama antiga que jamais deixou o peito de um verdadeiro potterhead. Ansiosos pela chance de viver sua própria história e de moldar sua personagem no melhor estilo “The Sims”, fãs do mundo inteiro interromperam seus afazeres para conferir a novidade com os seus próprios olhos.

Entretanto, não precisamos ir muito longe para encontrar (e é claro, compreender) o descontentamento que a maioria esmagadora dos jogadores apontou enquanto dava uma chance para os lançamentos em questão. Isso porque, como mencionado anteriormente, o sistema de energia que ambos os jogos utilizam é o pior possível, obrigando-nos a aguardar por horas para finalizar tarefas já iniciadas (a menos que você queira gastar seu dinheiro de verdade). Logo, este é um impasse que certamente estimulou muita gente a desinstalar os aplicativos de seus celulares, o que não censuramos. Outros pontos bastante criticados entre os usuários incluem bugs que fecham o aplicativo sem mais nem menos e barras de loading que jamais se completam – o que, honestamente, é compreensível para “Hogwarts Mystery”, mas não para “Animais Fantásticos” (afinal, o primeiro foi lançado há pouco mais de um mês e sem sombra de dúvidas passará por inúmeras atualizações até se estabilizar).

Apesar do grande número de downloads na Apple Store e na Google Play, significativa é a parcela de gamers que se recusam a levar a sério qualquer jogo lançado diretamente para smartphone, seja do universo Harry Potter ou de outro qualquer. Por mais que muitas desenvolvedoras realmente se valham do nome de marcas famosas para chamar a atenção e lucrar em cima disso, algumas raras exceções deveriam ser retiradas desta grande generalização preconceituosa feita por crianças de 12 a 30 anos insatisfeitas com o sucesso alheio. É verdade que a liberdade de escolhas e o envolvimento com a história de “Mistérios” são praticamente nulos se comparados aos de “Hogwarts Mystery” (e os deste, simultaneamente, se comparados aos de jogos lançados para PS4 e Xbox One), mas o que precisamos sempre ter em mente é que estamos falando de títulos disponibilizados gratuitamente em plataformas que não possuem os recursos necessários para rodar a tecnologia de ponta dos consoles da última geração.

Tecnicamente falando, os novos jogos de Harry Potter para celular pecam em inúmeros aspectos que deixam o jogador na mão quando não deveriam. Todavia, o que muita gente se esquece é que não dá para fazer milagre sem obter o mínimo feedback possível (sim, estamos falando de retorno financeiro). Ganhando-nos pela benevolência de atingir as grandes massas com um trabalho bonito que adapta, com fidelidade, toda a magia que já havia nos conquistado com o primeiro livro em 1997, “Animais Fantásticos: Mistérios” e “Harry Potter: Hogwarts Mystery” são um presente e tanto para quem sempre quis jogar um jogo da franquia, mas nunca teve um console em casa.

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Entre bugs, gráficos de primeira e inúmeras customizações surge a versão mobile de “Mortal Kombat X”

É indiscutível o quanto a indústria dos jogos eletrônicos expandiu-se de uns anos para cá e conseguiu, de maneira brilhante, desenvolver novas tecnologias enquanto abraçou, simultaneamente, um público cada vez mais diversificado. Partindo dos cabos de nossos videogames e chegando até as telas de nossos smartphones, não há dúvidas que facilidade e acessibilidade se tornaram palavras-chave para todo jogador que aceitou, de bom grado, as novas plataformas móveis sem torcer o nariz (ou fazer textões em redes sociais).

E, entre milhares de lançamentos que sempre chegam fazendo o maior estardalhaço por onde quer que passam, a versão mobile de “Mortal Kombat X” (mesmo que já disponível para download desde o primeiro semestre do ano passado) é uma que não poderia passar despercebida em nossa tão pouco movimentada seção de jogos eletrônicos. Assunto da nossa resenha de hoje, a seguir você conhecerá um pouco mais sobre esta nova sequência – e, ao final, descobrirá se a novidade é eficiente ao dar continuidade no legado iniciado pelo precursor game de 1992 ou se deixa a desejar em algum aspecto. Ficou curioso? Então vamos lá…


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Precedentes:

O menu inicial do game (confira o trailer oficial)

Muitos podem não saber (ou se lembrar), mas, antes de ganhar versões adaptadas para Nintendo, PlayStation, Sega e Xbox, a franquia “Mortal Kombat” já iniciara sua trajetória de maneira grandiosa nas já extintas máquinas de fliperama, em um distante outubro de 1992. Chegando até os demais consoles no decorrer dos próximos anos (e décadas) e conquistando uma legião de fãs que acompanha seus lançamentos até os dias de hoje, a marca desenvolvida e distribuída originalmente pela “Midway Games” cresceu pelos quatro cantos do mundo e fez bonito ao eternizar-se como uma das mais bem-sucedidas de todos os tempos.

Composta por 21 títulos que se dividem entre jogos principais, relançamentos, spin-offs e remakes, a série segue sob a direção da “NetherRealm Studios” (companhia fundada em 2010 após a compra da “Midway” pela “Warner Bros.”) e dá sequência ao homônimo “Mortal Kombat”, de 2011. Estreando nas plataformas móveis em abril e maio de 2015, “MKX” é o primeiro game da franquia a ser lançado para os dois sistemas operacionais mais populares entre os smartphones: iOS e Android. Descrito por seus desenvolvedores como um “jogo de luta gratuito combinado a uma batalha de cartas”, vale dizer, ainda, que a novidade também se encontra disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One.


Reencontrando velhos amigos…

Jax, um personagem clássico, em uma de suas inúmeras customizações

Assim como qualquer outro título que se preze da qual consideramos ser a maior franquia de jogos deste gênero, “Mortal Kombat X” não poderia ser diferente e é feliz ao incorporar em sua lista de jogadores diversas personalidades que são inerentes à própria história do game.

Trazendo, como de costume, algumas figurinhas carimbadas como Ermac, Jax, Johnny Cage, Kano, Kitana, Kung Lao, Reptile, Scorpion, Sonya Blade e Sub-Zero (que logo de cara são jogáveis sem qualquer esforço), outros combatentes também da velha guarda voltam, em “MKX”, mas em condições um tanto quanto diferentes. Este é o caso de Liu Kang, Mileena, Quan Chi, Raiden, Shinnok e Tanya, que apenas podem ser desbloqueados através de pacotes a serem comprados com dinheiro de verdade (ou não, dependendo de cada caso concreto).


… E conhecendo alguns novos:

Um dos novos combatentes em “MKX” é o Kung Jin

Como é de praxe, este não seria um autêntico “Mortal Kombat” se não incluísse em seu elenco novos jogadores jamais vistos antes nas demais sequências já lançadas. Nos apresentando aos novatos D’Vorah, Erron Black, Kotal Kahn, Cassie Cage (filha de Sonya e Johnny Cage), Jacqui Briggs (filha de Jax) e Kung Jin (primo mais novo de Kung Lao), o game repete os acertos do passado e, assim como no reboot de 2011, pega um pouquinho dos filmes de terror e/ou ficção científica e os incorpora a um enredo fenomenal.

Inspirando-se na divertida inclusão de Freddy Krueger no título anterior, “MKX” deixa a encargo do temido Jason Voorhees (de “Sexta-Feira 13”) a árdua tarefa de alegrar (e aterrorizar) a galera que sempre curtiu a junção entre esses dois impérios tão distintos da cultura popular. Outros vilões vindos diretos das telonas dos cinemas (mas que não aparecem na versão mobile) são Alien (de “Alien: O 8º Passageiro”), Predador (do homônimo “Predador”) e Leatherface (de “O Massacre da Serra Elétrica”). Será que em breve teremos esses ícones do horror também no touchscreen de nossos celulares?


Moedas, almas, rubis… e dinheiro de verdade:

Almas e moedas, o “dinheiro virtual” usado no jogo que pode ser adquirido gratuitamente (em batalhas) ou comprado (com dinheiro de verdade)

Seguindo a tendência que é regra em jogos gratuitos para smartphones, a “NetherRealm Studios” não ficou nada atrás da concorrência e impôs uma maneira um tanto quanto singela de “mexer no bolso” de quem está desfrutando de sua obra. Oferecendo pacotes de cartas exclusivos que só podem ser adquiridos com dinheiro real (em operações realizadas com cartão de crédito, é claro), muitos atalhos e upgrades também podem ser acessados se você decide transformar a sua experiência não-paga em algo um pouco mais sério – uma aventura que pode chegar a absurdos R$307,31.

Entretanto, “MKX” não chega a ser tão mercenário assim e nos disponibiliza outras vias alternativas para quem não quer desembolsar da própria carteira para ter um mínimo de diversão sem comprometimento. Esse é o caso das moedas, almas e rubis, as três formas de “dinheiro virtual” processadas pelo game que nos são entregues gratuitamente conforme avançamos nas muitas modalidades de jogo presentes no título. É exatamente com esse “dinheiro virtual” que o jogador poderá adquirir novos personagens muito mais poderosos e fazer o upgrade dos seus já existentes.


Quase um torneio olímpico:

Uma representação de como são as cartas de ouro, prata e bronze

Conforme anteriormente anunciado pela sua própria empresa desenvolvedora, “Mortal Kombat X” funciona como uma combinação de jogo de luta (elaborado nos mesmos moldes dos demais títulos da série) a uma descomplicada batalha de cartas (na qual, por óbvio, vence a que tiver maior poder de ataque e/ou defesa). E, como não é muito difícil de se imaginar, quanto mais elevado o nível de uma carta (XP), maior se mostra a sua força em combate (a qual, gradativamente, vai crescendo na medida em que o jogador participa de mais e mais batalhas – ou faz o uso de cartas especiais de aumento de nível).

Subdivididos em ouro, prata e bronze, cada personagem apresenta habilidades especiais que estão relacionadas à espécie de sua carta (logo, não é preciso ser um gênio para saber que uma de ouro vale muito mais que uma de prata, e assim por diante). A partir desta importante informação, também não deve ser nenhuma surpresa que, para conseguir os tão sonhados personagens dourados (os únicos com os coreografados golpes de raio X), o jogador terá de se virar com a razoável variedade de cartas de prata e bronze oferecidas pelo jogo, as quais podem ser compradas com as moedas ganhas após a vitória em cada confronto (seja no modo batalha, seja na guerra de facções).


Como se joga:

Combate entre Mileena e Jacqui Briggs

Utilizando-se de toques na tela e movimentos repetitivos para a vertical, horizontal e diagonal, três são os principais torneios presentes em “Mortal Kombat X”: o modo batalha, a guerra de facções e os desafios.

A princípio, o modo batalha se revela ao jogador iniciante a sua principal e mais benéfica forma de combate oferecida por “MKX” (já que é a mais fácil e a única com tutoriais de ajuda). Batalhando individualmente contra NCPs que vão ficando mais fortes na medida em que seus personagens avançam no game, este é o caminho mais rápido e eficaz para se receber moedas e XP: dois requisitos que são primordiais para deixar os seus jogadores com um mínimo de poder.

Após, encontramos a guerra de facções: torneios com duração de três dias que levam em conta não apenas a sua pontuação individual, mas também a da facção escolhida na criação do seu perfil (você pode escolher entre Dragão Negro, Irmandade das Sombras, Lin Kuei, Forças Especiais e a Lótus Branca). Ao final de cada temporada – e dependendo do desempenho obtido –, o jogador é contemplado com uma quantidade X de rubis: que podem ser usados na aquisição de itens especiais que não podem ser comprados com moedas e almas, além de dois personagens exclusivos (Liu Kang Imperador Sombrio e Tanya Kobujutsu).

Por último, mas não menos importante, temos também os vantajosos desafios: torneios mais extensos que são disponibilizados por tempo limitado e, se completados em sua totalidade, rendem ao jogador a aquisição de um personagem inédito. Aliado aos objetivos diários (metas impostas pelo jogo que, se cumpridas, lhe revertem moedas e almas) e ao modo batalha, a participação nos desafios é outra importante maneira de ganhar experiência e “dinheiro virtual” – sem o quais, é claro, você não sobreviverá no game por muito tempo.


Customizações e mais customizações:

Scorpion em sua versão Guerra Fria, um dos personagens obtidos após conclusão dos Desafios

Como se já não bastasse os 16 personagens originais encontrados na versão mobile, a “NetherRealm” não poupou criatividade e foi muito além ao nos entregar uma centena de customizações e recriações que agradarão a todos os gostos. Disponibilizando nada menos que 48 jogadores padrão, esta infinidade de opções não abarca, ainda, outras dezenas de combatentes que apenas podem ser adquiridos através de pacotes de cartas ou desafios temporários.

Alterando seus figurinos, movimentos básicos, golpes especiais e características físicas, é bem interessante observar a forma como um mesmo personagem pode ser representado não somente em trajes diferentes, mas também em novas personalidades que dizem muito mais sobre sua essência do que sua mera aparência – como a Kitana, que pode ser encontrada em suas versões Klássica, Lúgubre, Assassina e Imperatriz Sombria; e o Scorpion, que aparece como padrão, Klássico, Ninjutsu, Infernal, Guerra Fria e Injustice.


Uma montanha-russa de altos e baixos:

Os gráficos são realmente muito realistas e cheios de detalhes

Não muito diferente de qualquer game lançado para as plataformas móveis, “Mortal Kombat X” não escapa ileso de alguns tropeços que, infelizmente, testarão bastante a paciência do jogador de cabeça mais quente. Apresentando bugs constantes que fecham o jogo sem mais nem menos (pelo menos o sistema de salvamento em nuvem é eficiente), o alto consumo de bateria é outro contra que, provavelmente, lhe fará repensar duas vezes se este é um aplicativo saudável para a vida útil de seu smartphone – e isso porque nem mencionamos o espaço em armazenamento do arquivo, que, no Moto X: 1ª geração, preenche 1,33GB.

Beneficiado por uma jogabilidade fácil e viciante, os bons gráficos desenvolvidos pela “Nether Realm” também são outro ponto alto em “MKX” que vêm para dar um ar sofisticado e bonito ao mais recente membro da exitosa franquia. Rico em detalhes e bastante fiel à versão produzida especialmente para PC, PlayStation 4 e Xbox One, o jogo nos ganha por suas inúmeras customizações e por nos propiciar uma infinidade de combinações que permanecem tão nostálgicas quantos nas primeiras sequências liberadas lá atrás, pela “Midway Games”, nos anos 90. Resta saber se você terá a paciência necessária para desfrutar dessas vantagens sem atirar o seu smartphone contra a parede no primeiro (ou segundo, ou terceiro) bug que interromper a sua jogatina…

#CoopGeeks: O que achamos de “Britney Spears: American Dream”

Unindo música pop à misteriosa fórmula secreta detida por Kim Kardashian em sua bem-sucedida estreia pelo mundo virtual, ninguém menos que Britney Spears decidiu se juntar ao time de celebridades que ostenta os seus próprios joguinhos para smartphone. Caprichando em sua divertida versão cartoonizada, a “Princesinha do Pop” não hesitou ao nos apresentar, no mês passado, a “Britney Spears: American Dream”: o lançamento que foi o assunto da nossa publicação lá no Co-op Geeks e que você confere no link a seguir:

O QUE ACHAMOS DE “BRITNEY SPEARS: AMERICAN DREAM”

Você precisa fazer o download de “Lep’s World”, o novo “Super Mario Bros.” para os celulares

Se a nossa sessão literária esteve há um bom tempo sem receber uma atualização, quem dirá então a eletrônica, na qual recomendamos algum jogo ou desenvolvemos a resenha de um lançamento ou um clássico dos fliperamas – o último a receber destaque por aqui foi “Life is Strange”, recorde. Pensando então em lhes indicar um bom passatempo para smartphone, a dica de hoje é “Lep’s World”, o mais próximo que pudemos chegar de um “Super Mario Bros.” desenvolvido diretamente para o touchscreen dos nossos celulares (e o melhor: sem qualquer custo*).

Composto por uma franquia de três jogos liberados entre os anos de 2012 a 2014, neles acompanhamos as aventuras de Lep, um leprechaun (ou duende irlandês, para os mais leigos) que precisa passar por uma imensidão de cenários perigosos para encontrar a luz no fim do túnel: ou como é retratado no game, o outro lado do arco-íris. Coletando as tão desejadas moedas de ouro enquanto divide a sua atenção derrotando (ou desviando) dos inimigos que aparecem pela sua frente, você precisará dar o melhor de si enquanto o tempo rola solto, tomando o devido cuidado de chegar ao seu destino final em questão de poucos segundos.

O primeiro título da série já nos introduz à saga de Lep e sua busca pelo ouro perdido. Só que, como esclarecem os desenvolvedores do jogo, para encontrá-lo você precisará “correr e pular através dos reinos fantásticos de Lep’s World”, lembrando-se que “todo o lugar está cheio de monstros bestiais que farão qualquer coisa para te impedir de cumprir o seu objetivo”. As informações do game ainda nos revelam que “quando você pega uma folha de trevo, a saúde de Lep aumenta”, apesar de que “só saúde não será o suficiente para te livrar de qualquer perigo que se esconde atrás de cada cenário”. “Lep’s World” (2012) contém: 8 mundos divididos em 5 temas, cada um possuindo 8 fases (totalizando 64); 9 inimigos diferentes e capacidade multiplayer. Não há qualquer boss durante o jogo.

Captura de “Lep’s World 3”: os gráficos foram infinitamente melhorados se comparados ao primeiro jogo da franquia

Um ano depois, foi a vez de “Lep’s World 2” chegar para dar continuidade às aventuras do esperto leprechaun. Caprichando muito mais na história e na ambientação, a sequência nos conta que “era só mais um belo dia de sol na ‘Aldeia dos Duendes’ quando o céu escureceu e se encheu de terríveis relâmpagos”. Logo de imediato, “um feiticeiro maligno apareceu, roubou todo o ouro dos duendes e sequestrou os aldeões da região”, cabendo a Lep a tarefa de salvar seus amigos – e, consequentemente, impedir que o vilão “conquiste o mundo”. Incluindo muitos superpoderes ainda desconhecidos por quem havia jogado o primeiro game, em “Lep’s World 2” o jogador terá acesso a: novos gráficos mais detalhados; 8 mundos com 8 fases cada (totalizando 64); 13 inimigos e 10 itens e habilidades inéditas. Ao final de cada mundo você enfrentará um boss diferente.

Por fim, 2014 veio e trouxe consigo o capítulo final (até o fechamento desta publicação) da jornada do duende virtual. Com uma história bem semelhante a anterior, em “Lep’s World 3” o jogador é apresentado aos mesmos eventos ocorridos na sequência, com o único detalhe de que “trolls malvados” chegaram para substituir o finado feiticeiro da última versão. Cabendo a Lep, mais uma vez, o dever de resgatar seus amigos das mãos dos vilões antes que seja tarde demais, somos conduzidos a: gráficos em alta resolução; 6 mundos contendo 20 fases cada (totalizando 120); 18 itens e habilidades; 22 adversários; 4 personagens diferentes e modo multiplayer via Facebook. Ao final de cada mundo você enfrentará um boss diferente.

Como não poderia deixar de ser, não é apenas na aparência que “Lep’s World” nos faz recordar do tão querido jogo onde dois encanadores italianos tinham como missão percorrer uma infinidade de fases para derrotar o vilão Bowser e salvar a Princesa Peach. Resgatando as principais características dos games de plataforma, assim como no clássico dos anos 80, aqui você também encontrará uma jogabilidade bem similar à que conhecemos quando ainda éramos crianças – na qual toda a história se desenrolava pela magia dos gráficos 2D e na vasta gama de possibilidades ofertadas pelo jogo.

Contudo, se “Lep’s World” pouco inova na questão visual, ele muito acerta ao caminhar por uma direção bem diferente da seguida pela maioria das franquias de games que produzem um grande jogo de estreia e depois se comprometem em meio a um fiasco de sequências mal projetadas. Melhorando consideravelmente de um título para outro, é indescritível o quanto o terceiro lançamento da empresa superou o segundo e este o primeiro – um protótipo ainda não finalizado que provavelmente deixou muita gente nervosa ao introduzir cenários falhos e quase impossíveis de serem contornados. Na medida que os gráficos foram refeitos e novos personagens entraram em cena em “Lep’s World 2 e 3”, a aventura de Lep parece ter pulado de “uma tentativa de um jogo de plataforma” para um “um dos mais viciantes games já liberados para smartphone”.

O trailer oficial de “Lep’s World 3” (este vídeo foi adicionado ao YouTube e pode ser removido a qualquer momento)

No geral, por adotar o estilo, a jogabilidade e os gráficos de um dos maiores (se não o maior) jogos já produzidos pela indústria dos consoles, “Lep’s World” não se mostra o título mais criativo ou chamativo do mercado. Todavia, ao se distanciar dos tão batidos lançamentos de corredores infinitos e optar pelo esquema de side scrolling (rolagem lateral) dos games oitentistas, ele se mostra uma ótima dica que talvez agrade os fãs menos exigentes do inesquecível “Super Mario Bros.”. Obviamente, esta franquia não traz a mesma nostalgia concedida pelas primeiras sequências do promissor de 1985, mas é, sem sombra de dúvidas, um nome que se destaca entre os incontáveis jogos dos últimos anos que tanto se inspiraram na saga do encanador baixinho e pouco conseguiram fazer.

* Desenvolvida pela “NerByte”, a franquia “Lep’s World” está disponível para download gratuito (é claro que o aplicativo permite compras online adicionais, mas que são de longe o foco do jogo) nas três principais plataformas mobile: iOS, Android e Windows Phone. A indicação é livre para todas as idades.

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#CoopGeeks: “Tirando da Estante: Yu-Gi-Oh!”

Depois de lhes contar um pouquinho sobre o meu mais recente projeto no post anterior, chegou o grande momento de vocês descobrirem o resultado da minha parceria com o Co-op Geeks em nossa primeira publicação conjunta. Tentando resgatar um tema legal que pudesse demonstrar todo o meu amor e carinho por esta cultura formidável, fechei os olhos por alguns instantes e vasculhei meu passado em busca de algo que se mostrasse muito marcante e digno da atenção de todos vocês. Foi dessa maneira que cheguei a “Yu-Gi-Oh!”, um dos animes mais legais que acompanhei fielmente com a inesquecível (R.I.P.) “TV Globinho”.

Completando 15 anos em abril passado, o desenho animado inspirado no mangá de mesmo nome, escrito e ilustrado por Kazuki Takahashi, continua sendo uma das franquias mais bem sucedidas de todo o mundo ao conquistar recordes e lembranças em todo o tempo que se manteve na ativa. Vinculando-se a lançamentos paralelos como videogames, filmes, spin-offs e um jogo colecionável com cartas de baralho, o “Monstros de Duelo” – que foi uma das disputas mais acirradas dos meus tempos de colégio – é hoje o post que inaugura a minha entrada ao Co-op Geeks e que vocês conferem com o link a seguir. Sem mais enrolação, vamos ao que interessa:

CLIQUE AQUI PARA LER “TIRANDO DA ESTANTE: YU-GI-OH!”.