#4 | Os 10 melhores álbuns de 10 anos atrás

Tornou-se uma tradição pra mim voltar uma vez por ano aqui no blog para, assim como anuncia o título desta publicação, elencar aqueles que considero os “10 melhores álbuns de 10 anos atrás”. Este ano, é claro, não poderia ser diferente, por mais que o Caí da Mudança tenha passado este último semestre completamente jogado às traças (e por isso peço imensuráveis desculpas). Sem mais delongas, você encontra, a seguir, 10 grandes obras da música pop internacional que marcaram a vida de muita gente e que, uma década mais tarde, merecem ser lembradas como as obras-primas que são.

Ah, e antes que me esqueça: caso queira conferir o que listamos para os anos de 2017, 2015 e 2014, basta acessar o nosso acervo de publicações clicando aqui, aqui e aqui, respectivamente. Não deixe, também, de clicar na capa de cada disco para conferir um clipe especial de cada artista. Boa leitura e aproveite cada segundo de nostalgia!

10) DON’T FORGET – DEMI LOVATO

Gravadora: Hollywood Records

Lançamento: 23 de setembro de 2008

Singles: “Get Back”, “La La Land” e “Don’t Forget”

Considerações: não é segredo pra ninguém que todo e qualquer jovem ator que começou sua carreira na Disney tenha, voluntariamente ou não, também se aventurado pelo meio musical. Não poderia ser diferente com a Demi Lovato, que após uma estreia bem-sucedida no filme “Camp Rock” (2008), não hesitou em liberar para as lojas do mundo todo o seu primeiro registro vocal solo naquele mesmo ano. Auxiliada pelos meninos do Jonas Brothers, que além de compor também produziram diversas das faixas que integram o “Don’t Forget”, Lovato não economiza no vozeirão e nos entrega o que se tornou o álbum mais alto-astral de sua tão promissora discografia. Sensibilidade e pop-rock se unem para proclamar ao mundo o nascimento de uma das maiores vocalistas de sua geração

Paradas musicais: o álbum estreou em #2 na “Billboard 200” com vendas de 89.000 cópias na primeira semana

9) E=MC² – MARIAH CAREY

Gravadora: Island Records

Lançamento: 15 de abril de 2008

Singles: “Touch My Body”, “Bye Bye”, “I’ll Be Lovin’ U Long Time” e “I Stay in Love”

Considerações: Mariah Carey dispensa apresentações! Com milhões de discos vendidos, inúmeros prêmios vencidos e oitavas para dar e vender, é, sem sombra de dúvidas, a maior diva contemporânea da indústria fonográfica. Dando sequência ao multiplatinado “The Emancipation of Mimi” (2005), “E=MC²” segue a fórmula mágica de seu predecessor e é mais do que eficiente ao mesclar batidas pesadas do hip-hop a instrumentais de primeira do R&B. Sempre no controle criativo de cada era que protagoniza, Carey foi muito feliz na escolha de cada produtor que convidou para ajudá-la na árdua tarefa de nos presentear com um dos materiais mais memoráveis de seu catálogo. Danja, Stargate e Jermaine Dupri são apenas alguns dos mais conceituados

Paradas musicais: o álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 463.000 cópias na primeira semana

8) BREAKOUT – MILEY CYRUS

Gravadora: Hollywood Records

Lançamento: 22 de julho de 2008

Singles: “7 Things”, “See You Again (Rock Mafia Remix)” e “Fly on the Wall”

Considerações: tirando a longa peruca loura que colocou seu nome na boca de 9 entre 10 crianças e adolescentes dos anos 2000, Miley Cyrus não precisou de muito para deixar a sombra de Hannah Montana e ganhar destaque por conta própria. Majoritariamente composto e produzido pelos talentosos Antonina Armato e Tim James (que já haviam colaborado em “Meet Miley Cyrus”), “Breakout” foi o primeiro álbum de Cyrus sem qualquer ligação com a famosa série de TV do Disney Channel. Dando voz à faixas genuinamente autorais, Miley se ampara no bom e velho pop-rock para contar uma triste história de amor que não terminou com um final feliz. Voz, baixo, bateria e teclado provêm o que de melhor poderíamos encontrar de uma das artistas mais completas da atualidade

Paradas musicais: o álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 371.000 cópias na primeira semana

7) DEPARTURE – JESSE McCARTNEY

Gravadora: Hollywood Records

Lançamento: 20 de maio de 2008

Singles: “Leavin’”, “It’s Over”, “How Do You Sleep?” e “Body Language”

Considerações: seguindo o exemplo de Hilary Duff com o prestigiado “Dignity” (2007), foi com precisão e bastante coragem que Jesse McCartney enterrou qualquer vestígio de sua antiga carreira de sucesso junto ao público adolescente ao lançar seu 3º disco de inéditas. Influenciado por grandes astros da música como Prince, Michael Jackson e Madonna, em “Departure” McCartney nos presenteia com uma obra que, apesar de ainda pender para o pop, flerta em muito com a black music frequentemente utilizada por Justin Timberlake. Um divisor de águas em sua discografia, o sucessor de “Right Where You Want Me” (2006) chegou a ser relançado um ano mais tarde sob o título “Departure: Recharged” contendo 5 novas músicas – incluindo o single “Body Language” e outras joias raras como “Crash & Burn”

Paradas musicais: o álbum estreou em #14 na “Billboard 200” com vendas de 30.200 cópias na primeira semana

6) BITTERSWEET WORLD – ASHLEE SIMPSON

Gravadora: Geffen Records

Lançamento: 19 de abril de 2008

Singles: “Outta My Head (Ay Ya Ya)” e “Little Miss Obsessive”

Considerações: houve um momento da década passada em que o pop-rock predominou nas paradas de sucesso e alavancou a carreira de muitos jovens cantores. Ocorre que, após a aclamação de álbuns como “Confessions on a Dance Floor” (de Madonna) e “Blackout” (de Britney Spears), muito se discutiu sobre o que estava em alta, e consequentemente muitos artistas acabaram migrando para um som mais eletrônico. Acompanhando a maioria, mas passando por essa transição de maneira brilhante, Ashlee Simpson prova em “Bittersweet World” que é possível dar vida a um bom disco pop que soe moderno, original e despretensioso. Bem à vontade com sua voz rouca que casou tão bem aos instrumentais exóticos de músicas como “Murder” e “No Time for Tears”, a moça acerta a mão na parte lírica e se restabelece como a ótima compositora que sempre foi

Paradas musicais: o álbum estreou em #4 na “Billboard 200” com vendas de 47.000 cópias na primeira semana

5) HARD CANDY – MADONNA

Gravadora: Warner Bros. Records

Lançamento: 19 de abril de 2008

Singles: “4 Minutes”, “Give It 2 Me” e “Miles Away”

Considerações: e já que estamos falando de música pop, nada mais justo senão incluir em nosso top 5 o que considero o meu álbum favorito daquela que sustenta o título de “Rainha do Pop”. Despindo-se da vontade de chocar o público com os assuntos polêmicos que permearam sua trajetória desde o início, em “Hard Candy” Madonna parece ter tirado um pouco o pé do acelerador e se incumbido da simples tarefa de gravar um disco que soasse o mais atual (e natural) possível. Convidando nomes de peso como Justin Timberlake, Pharrell Williams e Kanye West, a veterana responsável por abrir as portas para a maioria das cantoras pop nunca esteve tão acessível para os públicos das mais diversas idades. Prova disso é a “Sticky & Sweet Tour” (2008-2009), série de shows que promoveu o CD e segue, em pleno 2018, como a turnê feminina mais lucrativa da história

Paradas musicais: o álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 280.000 cópias na primeira semana

4) FUNHOUSE – PINK

Gravadora: LaFace Records

Lançamento: 24 de outubro de 2008

Singles: “So What”, “Sober”, “Please Don’t Leave Me”, “Funhouse”, “I Don’t Believe You” e “Glitter in the Air”

Considerações: que Pink se consagrou como uma das poucas veteranas de sua geração a ainda dominar os charts em tempos atuais, isso ninguém questiona. Entretanto, foi somente após o lançamento de seu 5º material de estúdio que a cantora chamou de vez a atenção daqueles que ignoravam seu talento nato para construir as obras de arte que compõem seu catálogo. Dona de uma voz única que lhe confere a dramaticidade necessária para dar vida a seus hits atemporais, em “Funhouse” a cantora nos convida para uma montanha-russa de altos e baixos que resume muito bem a vida de qualquer pessoa emotiva. Seja pela loucura contagiante de “So What” ou pelo tom mais obscuro de “Ave Mary A”“Sober”, este é o álbum perfeito para quem sabe apreciar um trabalho de qualidade que clama para ser ouvido em volume máximo

Paradas musicais: o álbum estreou em #2 na “Billboard 200” com vendas de 180.000 cópias na primeira semana

3) THE FAME – LADY GAGA

Gravadora: Interscope Records

Lançamento: 19 de agosto de 2008

Singles: “Just Dance”, “Poker Face”, “Eh, Eh (Nothing Else I Can Say)”, “LoveGame” e “Paparazzi”

Considerações: é até estranho quando paramos para pensar e percebemos que Lady Gaga, aquela de “Poker Face”, se lançou no mercado musical há exatos 10 anos. Apenas uma novata buscando por seu espaço na música, foi com trabalho árduo que Stefani Germanotta conquistou a todos com seus hits prontos que ajudaram a disseminar o eletropop e synthpop ao redor do mundo. Alavancando a carreira de produtores como RedOne (que nos anos seguintes se tornou um dos profissionais mais requisitados entre os famosos), a moça logo se estabeleceu como uma das mulheres mais poderosas do meio artístico graças ao autogerenciamento de sua multifacetada carreira. E isso tudo apenas teve início graças àquele que é considerado, por muitos, o seu álbum mais revolucionário. O sucesso foi tanto que, em 2019, “The Fame” ganhou um relançamento contendo 8 novas músicas – incluindo os hinos “Bad Romance” e “Telephone”

Paradas musicais: o álbum estreou em #17 na “Billboard 200” com vendas de 24.000 cópias na primeira semana (mas, posteriormente, atingiu o #2, vendendo 169.000 cópias, em 2010)

2) CIRCUS – BRITNEY SPEARS

Gravadora: Jive Records

Lançamento: 28 de novembro de 2008

Singles: “Womanizer”, “Circus”, “If U Seek Amy” e “Radar”

Considerações: estamos em 2018 e não restam quaisquer dúvidas de que Britney Spears é a maior exemplo de superação da cultura popular. Após ser perseguida, humilhada e ter sua vida exposta da maneira mais invasiva possível, a “Princesa do Pop” fez o impossível quando contornou as controvérsias que acompanharam a era “Blackout” e chegou em 2008 com o revigorante “Circus”. Dando continuidade à sonoridade dançante que se fez presente em seu trabalho anterior, dessa vez a loira não poupou esforços e caprichou bastante na mensagem que quis passar em cada faixa do novo material. Mandando indiretas para a mídia sensacionalista nas provocantes “Kill the Lights” e “If U Seek Amy”, Britney ainda teve tempo de homenagear os filhos na canção de ninar “My Baby” e brincar com o desconhecido em “Blur” e “Amnesia”. E tudo isso enquanto via o público acolhê-la, novamente, como a “Srta. Sonho Americano” que sempre foi desde os seus 17 anos

Paradas musicais: o álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 505.000 cópias na primeira semana

1) I AM…SASHA FIERCE – BEYONCÉ

Gravadora: Columbia Records

Lançamento: 12 de novembro de 2008

Singles: “If I Were a Boy”, “Single Ladies (Put a Ring on It)”, “Diva”, “Halo”, “Ego”, “Sweet Dreams”, “Broken-Hearted Girl”, “Video Phone” e “Why Don’t You Love Me”

Considerações: Beyoncé é outro grande nome que dispensa apresentações – até porque, convenhamos, não é obra do acaso a moça levar para casa nossa medalha de ouro. Acostumada a se reinventar a cada nova era que encabeça, foi com “I Am…Sasha Fierce” que o universo pop se curvou de vez àquela que é considerada a artista mais completa dos últimos tempos – e não, não estamos a superestimando. Dona de uma voz poderosa que causa inveja a qualquer aspirante de diva pop, a esposa de Jay-Z trouxe em seu 3º disco toda a desenvoltura pela qual é conhecida acompanhada de um dos conceitos mais extraordinários já experimentados nesta indústria. Introduzidos a um disco duplo, em “I Am…” encontramos baladas midtempo de R&B, folk e rock alternativo que representam o lado mais vulnerável de Beyoncé; ao passo que “Sasha Fierce”, o segundo disco, investe em batidas uptempo de eletropop que possuem a intenção de dar voz ao alter-ego que a musicista assume quando está em cima dos palcos. Mais afinada do que nunca, Queen B lançou inúmeras edições do “I Am…Sasha Fierce”, todas com capas e tracklists diferentes

Paradas musicais: o álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 482.000 cópias na primeira semana

BÔNUS) FEARLESS – TAYLOR SWIFT

Gravadora: Big Machine Records

Lançamento: 11 de novembro de 2008

Singles: “Love Story”, “White Horse”, “You Belong with Me”, “Fifteen” e “Fearless”

Considerações: muito antes de Taylor Swift comandar os charts da Billboard com seus hits pop, houve uma época em que a cantora trilhava um caminho de bastante sucesso na música country. Compondo álbuns e singles dedicados a seus antigos desafetos amorosos, foi com seu jeitinho suave de menina inocente que a moça levou não um, mas dois gramofones na edição de 2010 do Grammy: um por “Melhor Álbum Country” e outro por “Álbum do Ano”. Movido pelo sucesso esmagador de singles como “You Belong with Me”“Love Story”, “Fearless” também foi sucesso de crítica e atingiu, no Metacritic, impressionantes 73/100 (nota que, aliás, nem é a sua mais alta, já que o “Speak Now” e o “Red” se encontram empatados com 77/100). Quem diria que hoje ela se tornaria uma das popstars mais rentáveis, não é mesmo?

Paradas musicais: o álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 592.000 cópias na primeira semana


E aí, gostou da nossa lista? Algum grande trabalho lançado há uma década ficou de fora da nossa seleção especial? Não deixe de nos contar no espaço para comentários a seguir quais são os seus 10 melhores álbuns de 10 anos atrás.

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Os 10 melhores álbuns de 10 anos atrás (#3)

Já não é novidade pra ninguém que acompanha o nosso blog que a música pop se tornou, a longo prazo, uma das temáticas mais frequentes de nossas resenhas e artigos especiais. Assim, dando continuidade a um quadro bastante popular por aqui (mas que no ano passado falhou bruscamente ao dar o ar de sua graça), é com prazer que ressuscitamos o “10 melhores álbuns de 10 anos atrás” com o que é, ao nosso ver, o melhor período vivenciado pela indústria musical contemporânea desde o início dos anos 2000 (reveja as partes 1 e 2).

Voltando para os dias de glória em que as rádios imortalizaram o melhor dos grandes produtores de outrora, é em ritmo de tremenda nostalgia que compilamos, a seguir, 10 discos inesquecíveis que farão você querer entrar em uma máquina do tempo para esquecer tudo o que ouviu recentemente. Ah, e não se esqueça de clicar nas capas dos álbuns para conferir um clipe de cada era, tá bem? Tudo certo? Então prepare-se para relembrar cada um destes hinários que bombaram muito há uma década, começando por:

10) EMPEZAR DESDE CERO – RBD

Gravadora: EMI Music

Lançamento: 20 de novembro de 2007

Singles: “Inalcanzable”, “Empezar Desde Cero” e “Y No Puedo Olvidarte”

Considerações: Conhecido como um dos maiores fenômenos da América Latina de todos os tempos, não é à toa que o RBD rapidamente conquistou milhares e milhares de fãs por todos os países em que a telenovela “Rebelde” chegou a ser exibida. Já experientes após o lançamento de 4 bem-sucedidos discos de estúdio, foi num tom mais intimista que os seis membros do grupo fizeram bonito ao nos entregar esta joia rara que abre o nosso “10 melhores álbuns de 10 anos atrás”. Pegando emprestado o tradicional pop-rock chiclete característico de sua própria discografia (principalmente dos discos “Rebelde” e “Celestial”), “Empezar Desde Cero” traz letras mais reflexivas enquanto explora com maestria os vocais de Anahí, Dulce, Maite, Christopher, Alfonso e Christian. Dizendo adeus ao toque bem obscuro do queridinho “Nuestro Amor”, o 5º álbum do sexteto foi o grande responsável por nos apresentar aos hinos insuperáveis “Fuí La Niña”, “No Digas Nada” e “Sueles Volver” – e, ainda, fazer justiça ao dar mais espaço para a talentosíssima Maite Perroni, que pela primeira vez comandou um single (faixa-título) como vocalista principal

Paradas musicais: O álbum estreou em #6 no “Mexican Albums Chart”, atingindo o #4 na sua quinta semana (número de vendas desconhecido)

9) THE BEST DAMN THING – AVRIL LAVIGNE

Gravadora: RCA Records

Lançamento: 17 de abril de 2007

Singles: “Girlfriend”, “When You’re Gone”, “Hot” e “The Best Damn Thing”

Considerações: É claro que não deixaríamos a primeira colocada da 1ª parte do nosso especial de fora – ainda mais quando, há exatos 10 anos, pudemos conferir um dos trabalhos mais controversos de toda a carreira de Avril Lavigne. Causando bastante barulho com o lançamento do carro-chefe “Girlfriend” (o qual, curiosamente, tornou-se o único #1 de Avril na “Billboard Hot 100” estadunidense), em “The Best Damn Thing” a canadense não teve medo de deixar o post-grunge totalmente de lado para priorizar um som bem alto-astral puxado mais para o pop e menos para o rock. Contrariando em muito uma significativa parcela de seus fãs que de cara reprovou a mudança repentina no estilo, a Princesinha do Pop-punk não demorou nada para deixar o seu jeito “largada” de lado e adotar uma personalidade cada vez mais provocativa. Musicalmente falando, entretanto, “The Best Damn Thing” foi certeiro e não economizou nos hits, sendo que “When You’re Gone” e “Hot” fizeram bastante sucesso pelo mundo e instantaneamente caíram no gosto popular

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 289.000 cópias na primeira semana

8) DELTA – DELTA GOODREM

Gravadora: Sony BMG, Mercury Records

Lançamento: 20 de outubro de 2007

Singles: “In This Life”, “Believe Again”, “You Will Only Break My Heart” e “I Can’t Break It to My Heart”

Considerações: Você até pode nunca ter ouvido falar de uma das australianas mais talentosas da música internacional atual, mas, Delta Goodrem já havia governado o topo da “ARIA Albums Chart” com seus dois primeiros discos muito antes de repetir o feito com “Delta”. Enterrando seu passado sombrio que havia sido tão bem explorado em “Mistaken Identity” (2004), Goodrem não pensou duas vezes e, com suas energias totalmente recarregadas, tratou de entregar aos fãs um trabalho que realmente refletisse sua triunfal vitória sobre o linfoma de Hodgkin. Transmitindo boas energias em faixas luminosas como “Possessionless” e “God Laughs”, a loira não perdeu tempo e foi além ao nos presentear com um dos singles mais dançantes de sua bem estruturada discografia: a viciante “Believe Again”. Ah, e vale dizer ainda que o “Delta” chegou, inclusive, a estrear na “Billboard 200” estadunidense, na posição #116 (sendo este o único álbum de Goodrem, até o momento, a conseguir tal feito)

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “ARIA Albums Chart” com vendas de 23.072 cópias na primeira semana

7) HEADSTRONG – ASHLEY TISDALE

Gravadora: Warner Bros.

Lançamento: 6 de fevereiro de 2007

Singles: “Be Good To Me”, “He Said, She Said”, “Not Like That” e “Suddenly”

Considerações: Como se não bastasse ver seu nome decolar após protagonizar a franquia “High School Musical”, Ashley Tisdale deu um show de versatilidade quando anunciou sua carreira solo juntamente ao seu 1º álbum de inéditas, o “Headstrong”. Misturando uma pitada de synthpop a muito dance-pop e R&B da melhor qualidade, Tisdale não se acanhou nos batidões e, totalmente desvinculada de Sharpay Evans, deu ao mundo uma pequena prévia de todo o seu poderio vocal. Mesclando faixas que transbordavam o melhor da música eletrônica de uma década atrás (“He Said She Said”, “Goin’ Crazy”) à baladinhas românticas bem clichês e adolescentes (“Unlove You”, “We’ll Be Together”), a garota prodígio rapidamente passou de “uma das Disney stars mais queridas do mundo” para “um dos maiores sonhos de consumo do público masculino” – quando figurou na lista das 100 mulheres mais sexys de 2008, em #10, pela revista “Maxim”. E isso tudo com pouquíssimo tempo de carreira solo!

Paradas musicais: O álbum estreou em #5 na “Billboard 200” com vendas de 72.000 cópias na primeira semana

6) HANNAH MONTANA 2: MEET MILEY CYRUS – HANNAH MONTANA/MILEY CYRUS

Gravadora: Walt Disney Records, Hollywood Records

Lançamento: 26 de junho de 2007

Singles: “Make Some Noise”, “Nobody’s Perfect” e “Life’s What You Make It” / “See You Again” e “Start All Over”

Considerações: Mundialmente conhecida como o rosto por trás do sucesso da série de TV “Hannah Montana”, foi somente em 2008 que Miley Cyrus começou a fazer dinheiro por si mesma: quando liberou o disco “Breakout”. Entretanto, o que muita gente desconhece é que, um ano antes, diversas rádios internacionais já tocavam os hits da própria Miley; os quais haviam sido recém-lançados em conjunto à 2ª trilha-sonora do aclamado programa do Disney Channel. Assim nasceu “Hannah Montana 2: Meet Miley Cyrus”, o álbum duplo que trazia 10 novas faixas da popstar adolescente mais famosa da TV e mais 10 novas faixas interpretadas por… Miley Cyrus. Enquanto “Hannah Montana 2” repetiu a dose da primeira soundtrack e trouxe à tona um pop mais fabricado destinado ao público infanto-juvenil, “Meet Miley Cyrus” experimentou uma porção de gêneros que culminou na primeira experiência madura de Cyrus como musicista. Compondo 8 das 20 músicas presentes no trabalho, foi nesta obra que a garota lançou o seu primeiro single, “See You Again”, e nos cativou com as pérolas “As I Am” e “Right Here”

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 325.000 cópias na primeira semana

5) GOOD GIRL GONE BAD – RIHANNA

Gravadora: Def Jam Recordings, SRP Music Group

Lançamento: 31 de maio de 2007

Singles: “Umbrella”, “Shut Up And Drive”, “Hate That I Love You”, “Don’t Stop The Music”, “Take a Bow”, “Disturbia” e “Rehab”

Considerações: Não que Rihanna fosse uma total desconhecida quando seu prestigiado “Good Girl Gone Bad” chegou às prateleiras das lojas (até porque os hits “SOS” e “Pon de Replay” já haviam abocanhado o #1 e #2 da “Billboard Hot 100” muito antes disso), mas, não podemos negar que foi após o seu lançamento que a carreira da moça decolou de vento em popa. Auxiliada pelo mentor Jay-Z, que de quebra participou do lead single “Umbrella”, o 3º disco da barbadiana foi tão bem supervisionado que recebeu, ainda, o toque de Midas dos super respeitados Ne-Yo, Justin Timberlake, StarGate e Timbaland. Combinando um visual bastante exótico que somente o Caribe tem a oferecer com o vocal inconfundível da Rihanna, “Good Girl Gone Bad” irradiou um R&B bem gostosinho que com certeza não sai da sua cabeça até os dias de hoje. O sucesso foi tamanho que no ano seguinte o álbum foi relançado sob o nome “Good Girl Gone Bad: Reloaded” contendo as inéditas “Take a Bow”, “Disturbia” e “If I Never See Your Face Again”, com o Maroon 5

Paradas musicais: O álbum estreou em #2 na “Billboard 200” com vendas de 162.000 cópias na primeira semana

4) BRAVE – JENNIFER LOPEZ

Gravadora: Epic Records

Lançamento: 4 de outubro de 2007

Singles: “Do It Well” e “Hold It Don’t Drop It”

Considerações: Que há anos Jennifer Lopez concilia uma invejável carreira de sucesso em Hollywood com uma multiplatinada trajetória na música todos já estão cansados de saber. Porém, muito antes de migrar para as batidas do electro-pop e conquistar as pistas de dança com “On the Floor” e “Dance Again”, JLo ainda perambulava por um R&B bem mais suave e orquestral, e é esta a sonoridade que pudemos contemplar do início ao fim de “Brave”, o 6º de sua discografia. Solidificando o carro-chefe “Do It Well” como uma de suas canções mais icônicas, foi com bastante requinte e autoconfiança que a norte-americana de sangue latino nos bombardeou com o seu trabalho mais consistente até o momento. Finalmente impondo sua identidade e superando em muito seus álbuns anteriores (que, convenhamos, continham diversas faixas bem “tapa buraco”), Lopez não poupou na afinação e parece ter entregado tudo de si nas brilhantes “Hold It Don’t Drop It” e “Mile in These Shoes”. Destaque, ainda, para a refrescante “Forever” e a emocionante faixa-título

Paradas musicais: O álbum estreou em #12 na “Billboard 200” com vendas de 52.600 cópias

3) X – KYLIE MINOGUE

Gravadora: Parlophone Records

Lançamento: 21 de novembro de 2007

Singles: “2 Hearts”, “Wow”, “In My Arms”, “All I See” e “The One”

Considerações: Completando, neste ano, três décadas de estrada, não é novidade para ninguém que a australiana Kylie Minogue é a proprietária de um dos catálogos mais respeitados dentro do meio musical internacional. E, foi há exatos 10 anos que tivemos a grandiosa honra de conhecer “X”, o 10º álbum de estúdio da veterana. Originalmente nomeado “Magnetic Electric”, o aguardadíssimo sucessor de “Body Language” (2003) foi, para Kylie, o mesmo que “Delta” foi para Delta Goodrem; isso porque, assim como a sua conterrânea, Minogue acabara de vencer uma árdua e superexposta batalha contra o câncer (de mama). Contando com a ajuda de profissionais de renome como Bloodshy & Avant, Guy Chambers e Calvin Harris, a voz que dá vida ao sucesso “In My Arms” revelou, à época, que não quis repetir toda a melancolia de “Impossible Princess” (1997) e deu preferência a um som bem mais alegre e contagiante. Seguindo as tendências do electro-pop, “X” é bastante eclético e compõe-se tanto de instrumentais mais sofisticados (como “Like a Drug” e “Sensitized”) quanto de baladinhas suaves e românticas (como “All I See” e “Cosmic”). Extravasando positividade, teve até espaço para “No More Rain”, a sensacional canção composta pela própria australiana no intuito de dizer adeus a seu triste diagnóstico anterior

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “ARIA Awards” com vendas de 16.000 cópias na primeira semana

2) DIGNITY – HILARY DUFF

Gravadora: Hollywood Records

Lançamento: 21 de março de 2007

Singles: “Play With Fire”, “With Love” e “Stranger”

Considerações: Todo jovem artista que se lança na indústria do entretenimento possui a probabilidade de protagonizar, em determinado momento de sua trajetória, algum programa de televisão voltado ao público infantil. Apesar de Hilary Duff ter passado exatamente por isso, é claro que não demoraria muito para a moça entrar na vida adulta e demonstrar um forte desejo de mudar a sua imagem pública como profissional. Com anseios de amadurecimento, em “Dignity” a nova morena do pedaço conseguiu não apenas elaborar o melhor trabalho de sua carreira como também adquiriu o respeito de todos aqueles que não levavam a sério o seu brilhante engajamento como musicista. Perfeitamente envolvida na produção executiva e composição de seu 4º disco de inéditas, Duff teve tempo de sobra para nos contar um pouquinho mais sobre a separação de seus pais (“Stranger”, “Gypsy Woman”), o rompimento com o próprio namorado (possivelmente a faixa-título) e um feliz incidente envolvendo um stalker russo (“Dreamer”). Com vocais mais contidos combinados a instrumentais dançantes cheios de muita elegância, Hilary nunca esteve tão confortável em um trabalho que exalasse tanta honestidade e autodeterminação

Paradas musicais: O álbum estreou em #3 na “Billboard 200” com vendas de 140.000 cópias na primeira semana

1) BLACKOUT – BRITNEY SPEARS

Gravadora: Jive Records

Lançamento: 25 outubro de 2007

Singles: “Gimme More”, “Piece of Me” e “Break the Ice”

Considerações: Eis que chegamos ao topo da nossa lista com o que é considerado, por muitos (inclusive por nós do Caí da Mudança), o melhor álbum pop deste milênio. E quando falamos em “Blackout” qualquer elogio definitivamente não é exagero! É curioso, contudo, que o maior nome por trás de sua criação não estivesse com o juízo completamente no lugar quando o carro-chefe “Gimme More” chegou em setembro de 2007 trazendo uma Britney Spears novinha em folha. Vivendo um verdadeiro inferno na Terra, a insubstituível Princesinha do Pop usou e abusou dos sintetizadores enquanto as composições do disco, claramente inspiradas pelas manchetes sensacionalistas dos tabloides da época, se encarregaram de expor uma crítica social e tanto. O sucesso foi tamanho que o 2º single do material, “Piece of Me”, entrou para a setlist de todas as turnês posteriores ao seu lançamento e ainda deu nome à atual residência que a cantora realiza em Las Vegas desde 2013, a “Britney: Piece of Me”. Tudo isso, é claro, não teria sido possível se não houvesse o envolvimento de mestres como Danja, Bloodshy & Avant, Kara DioGuardi, Keri Hilson e Jim Beanz. Em 2012, o “Rock and Roll Hall of Fame” incluiu “Blackout” em sua conceituada biblioteca musical

Paradas musicais: O álbum estreou em #2 na “Billboard 200” com vendas de 290.000 cópias na primeira semana


BÔNUS) MY DECEMBER – KELLY CLARKSON

Gravadora: RCA Records, 19 Recordings

Lançamento: 22 de junho de 2007

Singles: “Never Again”, “Sober”, “One Minute” e “Don’t Waste Your Time”

Considerações: Por fim, antes de encerrarmos a 3ª parte do “10 melhores álbuns de 10 anos atrás”, cabe a nós incluir uma importante menção honrosa ao 3º álbum de estúdio da primeiríssima vencedora do “American Idol”, Kelly Clarkson. Bem diferente do pop-rock mainstream que dominou o exitoso “Breakaway” (2004), “My December” aposta toda as suas fichas em uma sonoridade bem mais pesada e expressiva fortemente influenciada pelo rock. Coescrevendo cada uma das 13 faixas presentes na edição standard, Clarkson não teve medo de dar uma pausa nas parcerias de sucesso proporcionadas por Max Martin e Dr. Luke e mergulhou de cabeça por um caminho bem mais intimista que de longe nos fez lembrar o saudoso “Thankful” (2003). Você certamente já ouviu o lead single “Never Again”, que atingiu o #8 da “Billboard Hot 100”

Paradas musicais: O álbum estreou em #2 na “Billboard 200” com vendas de 291.000 cópias na primeira semana


E aí, deixamos algum trabalho de fora? Em sua opinião quais são os 10 melhores lançamentos de 10 anos atrás? Conte-nos a sua opinião.

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Os 10 melhores álbuns pop de 10 anos atrás (parte 2)

Faz pouco mais de um ano que compartilhei por aqui a primeira parte de um especial que foi pioneiro para as nossas já frequentes playlists que trazem a vocês os melhores trabalhos da música pop internacional (relembre aqui). Hoje, dando sequência aos “10 melhores álbuns pop de 10 anos atrás”, mas desta vez lançados sob o ano de 2005 (o título desta matéria não é uma mera coincidência), a publicação da vez tem como objetivo levar todos nós a um caminho de volta ao passado e à nostalgia, para uma época onde a música, definitivamente, era muito diferente.

Muitos dos títulos a seguir listados já ingressaram diversos de nossos outros especiais – como o “72 Discos” –, mas nem por isso deixarei de mencionar honrosos projetos que merecem um pouquinho da sua atenção e do nosso respeito por toda sua marca na história. A seguir, vamos descobrir quais são estes álbuns e o porquê de juntos formarem os 10 melhores álbuns pop de 10 anos atrás:


PCD – THE PUSSYCAT DOLLS

Gravadora: “Interscope Geffen A&M Records”;

Lançamento: 13/09/2005;

Singles: “Don’t Cha”, “Stickwitu”, “Beep”, “Buttons”, “I Don’t Need a Man” e “Wait a Minute”;

Considerações: Foi com grande estilo que a segunda maior girlband do planeta (atrás apenas das inesquecíveis Spice Girls, é claro) fez a sua estreia no mundo da música com o multiplatinado “PCD”: disco responsável por trazer alguns dos maiores hinos que tivemos o prazer de conhecer há exatamente uma década. Seja pela pegada bem R&B do carro-chefe “Don’t Cha”, o soul romântico de “Stickwitu” ou o supererotismo de “Buttons”, as garotas do Pussycat Dolls podem não estar mais juntas hoje em dia, mas o que fizeram em um passado pouco distante com certeza marcou todos os adoradores da música pop internacional. Contudo, nem de rosas é formada a história do grupo feminino: foi em meio a diversos boatos sobre desentendimentos que a líder Nicole Scherzinger concedeu uma das declarações mais polêmicas de sua brilhante trajetória. Afirmando categoricamente que “gravou 95% dos vocais” presentes no primeiro trabalho da banda (inclusive os vocais de apoio), a morena acabou por se revelar o grande nome por detrás da banda e não demorou muito para sair em carreira solo. Não é à toa que a voz de Scherzinger se sobressaiu por todo o disco, não é mesmo?

Paradas musicais: O álbum estreou em #5 na “Billboard 200” com vendas de 99 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Buttons”.


REBIRTH – JENNIFER LOPEZ

Gravadora: “Epic Records”;

Lançamento: 23/02/2005;

Singles: “Get Right” e “Hold You Down”;

Considerações: Não foi em vão que Jennifer Lopez decidiu batizar o seu 4º disco de inéditas com o nome “Rebirth”! Deixando para trás o fim do noivado com Ben Affleck e toda a superexposição gerada na mídia, Lopez percebeu que era o momento de retornar para os estúdios de gravação e liberou o novo material três anos após o bem sucedido “This Is Me… Then” (o qual ironicamente havia sido lançado e dedicado ao ex-noivo). Impulsionado pelo lead single “Get Right”, a música não demorou muito para se tornar um dos maiores hits da cantora e hoje se mostra um de seus trabalhos mais populares ao lado das clássicas “Jenny from the Block”, “Love Don’t Cost a Thing” e “If You Had My Love”. Combinando a música dance com o hip-hop dominante dos anos 2000 e o seu já conhecido R&B do início da carreira, JLo não hesitou ao caprichar nas indiretas e imortalizar toda sua angústia em hinos desperdiçados como “He’ll Be Back”, “(Can’t Believe) This Is Me” e “Ryde or Die”. “Encare a verdade, faça isso por você. Você vai sentir falta dele, mas os dias vão passar. Tente o seu melhor para não chorar e mantenha-se viva” – quem disse que músicas sobre coração partido são exclusividade da Adele?

Paradas musicais: O álbum estreou em #2 na “Billboard 200” com vendas superiores a 260 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Get Right”.


THE EMANCIPATION OF MIMI – MARIAH CAREY

Gravadora: “The Island Def Jam Music Group”;

Lançamento: 12/04/2005;

Singles: “It’s Like That”, “We Belong Together”, “Shake It Off”, “Get Your Number”, “Don’t Forget About Us” [presente na edição platinum], “Fly Like a Bird” [promocional] e “Say Somethin’”;

Considerações: Depois de passar por poucas e boas, ver sua vida particular de pernas para o ar e lidar com o fraco desempenho de seus dois últimos discos, a diva suprema dos anos 90 resolveu dar um tapa na poeira e deixou a tristeza de lado com “The Emancipation of Mimi”, seu 10º álbum de inéditas. Convidando alguns dos mais requisitados produtores e cantores da black music (como Jermaine Dupri, Pharrell Williams, Nelly, Snoop Dogg e Twista), Carey não poupou esforços de elaborar o projeto que marcaria um renascimento não apenas de sua vida como cantora, mas também como figura pública. Liderada pela quente “It’s Like That”, o 10º álbum de Mariah foi ganhando força no decorrer dos meses até culminar em “We Belong Together”: a 2ª música de maior êxito da cantora na “Billboard Hot 100” (a qual chegou a passar 14 semanas não consecutivas em #1). “The Emancipation Of Mimi” foi relançado na chamada “Ultra Platinum Edition”, a versão que continha 5 novas músicas e o 5º single da bem sucedida era: a baladinha “Don’t Forget About Us”.

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 404 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “We Belong Together”.


B IN THE MIX: THE REMIXES – BRITNEY SPEARS

Gravadora: “Jive Records” e “Zomba Group of Companies”;

Lançamento: 22/11/2005;

Singles: “And Then We Kiss” [promocional apenas na Austrália e Nova Zelândia];

Considerações: Britney já continha em seu catálogo quatro grandes álbuns quando resolveu pegar alguns de seus maiores sucessos e reuni-los em uma coletânea de remixes a qual nomeou “B in the Mix: The Remixes”, lançada durante o outono norte-americano de 2005. Impulsionada pela recente “Someday (I Will Understand)” (liberada meses antes daquele mesmo ano) e a inédita “And Then We Kiss”, ambas compostas pela “Princesinha do Pop”, o disco conta com 11 canções remixadas que levam ao ouvinte o melhor das pistas de dança ao longo de ótimos 54 minutos. Trazendo 3 outras faixas que ficaram de fora da edição padrão mas que entraram para a versão japonesa do material (“Stronger”, “I’m Not a Girl, Not Yet a Woman” e outro remix de “Someday”), apesar de ter sido recebido de maneira morna pela crítica, o álbum se saiu bem nas vendas e é estimado que tenha ultrapassado 1 milhão de cópias por todo o mundo, 119 mil apenas em território estadunidense (dados de 2011). Uma continuação do “B in the Mix” bem menos cativante incluindo versões repaginadas dos singles extraídos dos álbuns “Blackout”, “Circus”, “The Singles Collection” e “Femme Fatale” foi lançada em 2011 com favoráveis vendas pelos EUA (9 mil apenas na primeira semana).

Paradas musicais: O álbum estreou em #4 na “Billboard Dance/Electronic Albums” com vendas de 14 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe fan made de “And Then We Kiss (Junkie XL Remix)”.


CONFESSIONS ON A DANCE FLOOR – MADONNA

Gravadora: “Warner Bros. Records”;

Lançamento: 11/11/2005;

Singles: “Hung Up”, “Sorry”, “Get Together” e “Jump”;

Considerações: 2005 foi mesmo um ano de grandes retornos para as veteranas da música pop! “Confessions on a Dance Floor”, o 10º álbum de inéditas da “Rainha do Pop”, foi o título recebido pelo trabalho que nos trouxe as impecáveis “Sorry” e “Hung Up” (essa última recebendo samples de “Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)”, o hino atemporal do ABBA). Estruturado como a setlist de um DJ (as faixas foram encaixadas e seguem em uma única sequência, como se tudo fosse uma música só), a maior influência de Madonna para o álbum foi a sonoridade dos anos 70 e 80 (Donna Summer, Pet Shop Boys, Bee Gees e Depeche Mode), incluindo, para isso, suas produções ultramodernas. Muito bem recebido pela crítica e pelos amantes da música contemporânea, “Confessions” rendeu à Madonna uma vitória no “Grammy” de 2007 na categoria “Melhor Álbum Dance/Eletrônico”. Produzido pela própria Madonna ao lado do sempre fiel Mirwais Ahmadzaï (com quem já havia trabalhado em “Music” e “American Life”) e Bloodshy and Avant (“Piece of Me” e “Toxic”, da Britney Spears), o disco traz ainda um dos maiores nomes que música eletrônica já viu em sua longa história: o prestigiado Stuart Price. Relembre o nosso post exclusivo comemorando os 10 anos do “Confessions on a Dance Floor”.

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 350 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Sorry”.


NUESTRO AMOR – RBD

Gravadora: “EMI Music”;

Lançamento: 22/09/2005;

Singles: “Nuestro Amor”, “Aún Hay Algo”, “Tras de Mí” e “Este Corazón”;

Considerações: Com uma pegada pop-rock característica do próprio grupo, os integrantes do RBD devem se sentir satisfeitos com todas as glórias alcançadas com o lançamento do seu 2º disco de inéditas (trabalho classificado platina em diversos países do mundo). Seja pelos vocais poderosos de Anahí na faixa-título ou pela consistência trazida por Maite Perroni em músicas como “Qué Hay Detrás” e “Fuera”, a extinta banda ultrapassou todos os limites do inimaginável quando se dispôs a gravar o “Nuestro Amor” – e consequentemente deixou lá atrás o pop morno de seu álbum debut (“Rebelde”). Destaque para “Me Voy”, faixa que o grupo regravou como um cover para “Gone” (da Kelly Clarkson), e “Feliz Cumpleaños”, originalmente “Happy Worst Day” (da sueca Mikeyla). Formado pelo sexteto Anahí, Dulce Maria, Maite Perroni, Alfonso Herrera, Christopher von Uckermann e Christian Chávez, não é uma obra do destino ter sido o RBD uma das maiores fontes de inspiração para os milhares de adolescentes latino-americanos que acompanharam a novela estrelada pelos músicos e passaram pela conturbada fase da adolescência.

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Mexican Albums Chart” com vendas superiores a 160 mil cópias em apenas 7 horas.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Nuestro Amor”.


LIFE – RICKY MARTIN

Gravadora: “Columbia Records”;

Lançamento: 10/10/2005;

Singles: “I Don’t Care”, “Drop It on Me” e “It’s Alright”;

Considerações: Anos antes de nos conquistar com “Música + Alma + Sexo” (2011), o 1º disco do cantor lançado após sua saída do armário, Ricky Martin já fazia bonito dentro dos estúdios de gravação quando nos ofertou “Life”, o 8º álbum de sua discografia. Famoso por sua beleza estonteante e por uma sensualidade fora do comum, o material foi o grande responsável por restabelecer o porto-riquenho como um forte símbolo sexual e por colocá-lo em um caminho mais urbano, influenciado pelos elementos do hip-hop e do R&B. Sem negar suas origens latinas e fazendo um mix entre os idiomas inglês e espanhol, Martin não deixou sua fã-base caliente de lado e tratou de incluir na tracklist do disco as faixas “Qué Más Da” e “Déjate Llevar” (versões de “I Don’t Care” e “It’s Alright”, respectivamente, gravadas em sua língua materna). Cheio de gás e em uma de suas melhores fases, Ricky e seu apaixonante álbum ainda nos impressiona em pleno 2015 com algumas das músicas mais viciantes de seu distinto catálogo, tais como “I Am”, “Life” e “This Is Good”.

Paradas musicais: O álbum estreou em #6 na “Billboard 200” com vendas de 73 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “I Don’t Care”.


JAGGED LITTLE PILL ACOUSTIC – ALANIS MORISSETTE

Gravadora: “Maverick Records” e “Warner Bros Records”;

Lançamento: 13/06/2005;

Singles: “Hand in My Pocket” [apenas nos EUA];

Considerações: Depois de ganhar o mundo com o sucesso esmagador de “Jagged Little Pill”, o seu 3º álbum de inéditas liberado como o 1º da carreira internacional, Alanis Morissette percebeu que não poderia cometer o erro de deixar passar em branco o aniversário de 10 anos de sua clássica obra prima. Assim nasceu “Jagged Little Pill Acoustic”, o disco liberado exatamente uma década após o lançamento do álbum principal e que reunia todas as faixas anteriormente gravadas em 1995. Recebendo uma roupagem mais crua que enaltecia todo o poder vocal de Morissette, a releitura do trabalho foi divulgada com a liberação de “Hand in My Pocket” apenas em território estadunidense, onde o álbum estreou na posição #50 na parada dos 200 álbuns mais populares da semana. A capa de “Jagged Little Pill Acoustic”, que é nitidamente similar à arte utilizada pelo disco original, foi propositalmente escolhida para homenagear o trabalho que fez de Alanis uma das cantoras mais adoradas de todos os tempos.

Paradas musicais: O álbum estreou em #50 na “Billboard 200” com vendas atualmente desconhecidas.

Ouça: e assista a esta apresentação acústica de “You Oughta Know”.


A LITTLE MORE PERSONAL (RAW) – LINDSAY LOHAN

Gravadora: “Casablanca Records” e “Rise Records”;

Lançamento: 05/12/2005;

Singles: “Confessions of a Broken Heart (Daughter to Father)”;

Considerações: Cansada da imagem de “boa moça” que conquistou ao estrelar diversos filmes para o império de Walt Disney, a nossa bad girl favorita acabou por precisar de uma válvula de escape para provar às pessoas que não era mais uma criança. Este sem sombra de dúvidas foi um dos maiores objetivos tentados por “A Little More Personal (Raw)”, o 2º disco gravado por Lindsay Lohan em sua trajetória musical. Afastando-se da sonoridade que costumava fazer no começo da carreira, o novo material fala por si do começo ao fim! Pegando emprestado algumas batidas do rock e combinando-as com um pop mais agressivo, a rouca voz da cantora casou bem com os instrumentais trabalhados no projeto combinados as tristes e realistas composições que escreveu ao lado de Kara Dioguardi e Greg Wells. De fato, Lohan jamais se mostrou uma vocalista bem preparada em suas raras apresentações ao vivo, mas, em um mundo de cantoras que usam e abusam de autotune/playback para sobreviver à demanda da atualidade, LiLo é um nome que faz muita falta na indústria musical.

Paradas musicais: O álbum estreou em #20 na “Billboard 200” com vendas de 82 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Confessions of a Broken Heart (Daughter to Father)”.


I AM ME – ASHLEE SIMPSON

Gravadora: “Geffen Records”;

Lançamento: 18/10/2005;

Singles: “Boyfriend” e “L.O.V.E.”;

Considerações: Ashlee Simpson ainda respirava um ar meio pesado quando resolveu deixar os erros do passado para trás e dar continuidade à sua carreira tão promissora. Liberando seu 2º álbum de estúdio pouco mais de um ano após o bem sucedido “Autobiography”, o carro-chefe “Boyfriend” chegou com tudo mandando indiretas para uma ex-melhor amiga e logo de cara pegou uma surpreendente #20 colocação na “Billboard Hot 100”. Platinando seus cabelos e já começando com uma louca fuga policial que leva a um show particular em um galpão secreto e abandonado (o nostálgico enredo do videoclipe), o lead single é apenas uma das várias faixas que acentuam os fortes vocais da cantora gravados para seu disco mais pessoal e sombrio até a presente data. Caprichando nas composições de todas as canções gravadas para o álbum (as quais foram coescritas por Kara Dioguardi e John Shanks), Ashlee brinca em “I Am Me” de ser uma corajosa aspirante do rock que não poupa esforços em entregar ao seu ouvinte alguns ótimos instrumentais movidos à muita guitarra, violão, piano e sintetizadores de primeira qualidade.

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 220 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Boyfriend”.


Você já conhecia alguns destes trabalhos? Quais os seus discos favoritos de 2005 mas que não entraram para a nossa nostálgica lista? Deixe as suas dicas mais abaixo.

Os 10 melhores álbuns pop de 10 anos atrás

O universo musical, assim como o da literatura e o do cinema, está passando por constantes alterações, e isso quem diz não sou eu, mas a própria História. Assim como o ser humano, tudo ao nosso redor modifica, evolui e ultrapassa certos limites que até então imaginávamos inquebráveis. Não poderia ser diferente com a música pop, o gênero mais cobiçado dos últimos tempos.

Porém, o que encontramos em dias atuais, infelizmente, talvez seja um pouco desapontante. Salvo algumas exceções raríssimas, os artistas atuais, principalmente os da nova geração, têm procurado uma certa generalidade que não coincide com o que bombava há 10 anos em rádios de todos os países. Talvez pela insegurança do sucesso, mais e mais vezes somos “atacados” por álbuns de conteúdo duvidoso e que pouco mostram originalidade (talvez se retirarmos um carro-chefe ou um single qualquer).

Nesse sentido, selecionei abaixo 10 dos melhores álbuns lançados há 10 anos e que continuam fazendo a cabeça de muita gente. Deixo claro, desde já, que elaborei esta publicação me baseando única e exclusivamente em meu gosto musical. Reafirmo humildemente: não sou técnico musical, apenas um grande admirador de música pop.

Vamos lá?!


10. GREATEST HITS: MY PREROGATIVE

Artista: Britney Spears

Gravadora: Jive Records

Lançamento: 08/11/2004

Singles: “(I’ve Just Begun) Having My Fun”, “My Prerogative”, “Do Somethin’”

Considerações: Tudo bem, eu sei que ao dizer que relacionaria os 10 melhores álbuns de 2004, você provavelmente pensou em discos de faixas inéditas, porém, essa coletânea é capaz de quebrar as regras de qualquer jogo. “Greatest Hits: My Prerogative” é tão deliciosa que tem o incrível poder de abrir uma fenda no tempo e nos sugar para o fantástico mundo comandado por Britney Spears. As inéditas incluem três novas músicas produzidas pela dupla Bloodshy & Avant, sendo uma delas um cover do cantor de R&B Bobby Brown. Hinos como “I’m a Slave 4 U” e “Toxic” juntamente com as faixas inéditas nos revelam que aquela pequena garota nascida na Louisiana veio para construir um legado e se tornar a maior estrela pop de todos os tempos, sendo uma fiel seguidora dos passos de Madonna e Michael Jackson.

Paradas musicais: O álbum estreou em #4 na “Billboard 200” com vendas de 255 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “My Prerogative”.


09. HARMONIUM

Artista: Vanessa Carlton

Gravadora: A&M Records

Lançamento: 21/10/2004

Singles: “White Houses”

Considerações: “Making my way downtown, walking fast, faces passed and I’m home bound”! A dona de uma das músicas mais conhecidas dos anos 2000 – “A Thousand Miles” (o tema do filme “As Branquelas”, lembra?) – não poderia fazer feio com o lançamento de seu segundo disco, “Harmonium”, trazendo o first (and only) single “White Houses”. Com baixas vendas, o álbum marcou a saída da cantora de sua até então atual gravadora, a “A&M Records”. Completamente trabalhado em cima do já conhecido “piano pop/rock” apresentado por Carlton, o segundo trabalho da norte-americana traz um considerável amadurecimento profissional com letras mais intimistas e convidativas. Podemos destacar entre as canções do disco a faixa “Annie”, escrita pela cantora e dedicada a uma fã com leucemia: “Eu daria meus ossos para você ter mais alguns anos, oh Annie. Mais para você viver do que para tentar sobreviver, oh Annie”.

Paradas musicais: O álbum estreou em #33 na “Billboard 200” com vendas de 36 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “White Houses”.


08. REBELDE

Artista: RBD

Gravadora: EMI Records

Lançamento: 30/11/2004

Singles: “Rebelde”, “Solo Quédate En Silencio”, “Sálvame”, “Un Poco De Tu Amor”

Considerações: Talvez o maior sucesso musical mexicano apenas atrás da cantora Thalía, o RBD foi a banda formada entre os anos de 2004 a 2009 por meio da telenovela “Rebelde”. Integrado por Anahí, Dulce María, Maite Perroni, Christian Chávez, Christopher von Uckermann e Alfonso Herrera, o primeiro disco da banda foi totalmente inspirado no programa de TV estrelado pelo sexteto, atuando como trilha sonora para o mesmo. Vale dizer, ainda, que o sucesso do grupo foi tão grande aqui no Brasil que o disco chegou a ser relançado e regravado, com 7 das músicas originais cantadas totalmente em português, recebendo o título “Rebelde (Edição Brasil)” Os dois próximos discos da banda, “Nuestro Amor” e “Celestial”, também receberam versões “abrasileiradas”, repetindo o mesmo sucesso adquirido pelo primeiro.

Paradas musicais: O álbum estreou em #95 na “Billboard 200”, e estima-se que tenha vendido 400 mil cópias até hoje nos EUA.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Solo Quédate En Silencio”.


07. LOVE. ANGEL. MUSIC. BABY

Artista: Gwen Stefani

Gravadora: Interscope Records

Lançamento: 12/11/2004

Singles: “What You Waiting For?”, “Rich Girl”, “Hollaback Girl”, “Cool”, “Luxurious”, “Crash”

Considerações: Já há 18 anos como membro do No Doubt, foi em 2004 que Gwen Stefani decidiu aproveitar o hiatos da banda para investir em sua carreira solo. Se influenciado na disco, electropop, new wave, R&B, hip-hop e dance-rock nos anos 80, a loira apresentou para o público um trabalho completamente original e diferente do que as pessoas estavam acostumadas a ouvir há 10 anos. Vestindo roupas fashionistas e gravando um som psicodélico, o visual de Stefani muito lembrava, para à época, o que Lady Gaga adotou em meados de 2008/2009. Como Alice No País das Maravilhas, Stefani investiu em sua carreira solo criando batidas modernas que remetia o ouvinte a outras dimensões, deixando o pop muito mais interessante. Destaque para o mega hit “Hollaback Girl”, composta por Gwen ao lado de Chad Hugo e Pharrel Williams, produzida pelos últimos (The Neptunes).

Paradas musicais: O álbum estreou em #7 na “Billboard 200” com vendas de 309 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Hollaback Girl”.


06. BEAUTIFUL SOUL

Artista: Jesse McCartney

Gravadora: Hollywood Records

Lançamento: 28/09/2004

Singles: “Beautiful Soul”, “She’s No You”, “Get Your Shine On”, “Because You Live”

Considerações: O único artista masculino solo a entrar em nossa lista não poderia ser outro senão Jesse McCartney, e não digo isso por ser meu cantor favorito. O moço mal havia saído da boyband Dream Steet, em 2002, quando deu início a sua carreira musical como solista, lançando em 2003 o EP “JMac”. Porém, foi com seu debut que conseguiu chamar a atenção do público e provar que não era apenas um rostinho bonito entre a multidão de novos artistas. Com suas baladas românticas, foi durante anos a opção número 1 de 9 a cada 10 garotas apaixonadas por seus ídolos teen, até se aprofundar no R&B e quebrar sua imagem de “bom moço” com a estreia de “Departure”, em 2007. “Beautiful Soul”, como o próprio nome sugere, nos traz um lado mais emocional e honesto de McCartney, embalando o ouvinte com seu pop-rock tradicional da década passada.

Paradas musicais: O álbum estreou em #15 na “Billboard 200”, e estima-se que o disco tenha vendido cerca de 1,8 milhão de cópias a nível mundial.

Ouça: e assista ao videoclipe de “She’s No You”.


05. AUTOBIOGRAPHY

Artista: Ashlee Simpson

Gravadora: Geffen Records

Lançamento: 20/07/2004

Singles: “Pieces Of Me”, “Shadow”, “La La”

Considerações: Antes de engravidar e dar a luz a seu primeiro filho, Bronx, Ashlee Simpson era uma cantora regularmente frequente no cenário musical. Com três álbuns em sua discografia, foi com o single “Pieces Of Me” que a morena estabeleceu entre as paradas de sucesso uma das músicas mais tocadas da década passada, sendo eleita por muitos a “Música do Verão”. Amparada pelo seu programa de TV “The Ashlee Simpson Show”, da MTV, a emissora mostrou aos fãs da jovem o processo de criação e gravação do disco, o que rendeu uma alta audiência e atraiu os holofotes para Simpson. Destaca-se no álbum a faixa “Shadow”, música que Ashlee compôs em seus 15/16 anos e desabafou sobre o quão difícil foi encontrar sua própria identidade e viver na sombra de sua irmã famosa, a também cantora Jessica Simpson. “Autobiography” é o álbum mais denso de Ashlee, que aproveitou a oportunidade para criar uma harmônica ligação de seus sentimentos adolescentes com sua voz rasgada e uma intensa batida pop-rock.

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 398 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Pieces Of Me”.


04. HILARY DUFF

Artista: Hilary Duff

Gravadora: Hollywood Records

Lançamento: 15/09/2004

Singles: “Fly”, “Someone’s Watching Over You”

Considerações: Após a liberação e pesada divulgação do disco “Metamorphosis”, Hilary Duff precisava urgentemente de novo material para manter a atenção do público. Algo que mostrasse sua evolução como ser humano, mas que não chocasse as pessoas que acompanhavam sua carreira. Foi a partir daí que nasceu “Hilary Duff”, tido por muitos como o seu álbum mais pessoal, sonoramente falando. Já introduzido pelo carro-chefe “Fly”, a música fala por si só, se tornando de imediato um hino de superação para milhares de jovens e adultos hoje 10 anos mais velhos. “Hilary Duff”, assim como qualquer disco pop, tem seus pontos altos e baixos, mas destaca-se pela melancolia intensa presente em faixas como “Weird”, “The Getaway” e “Shine”. Porém, também possui o seu lado positivo, este representado por “Jericho” e “I Am”.

Paradas musicais: O álbum estreou em #2 na “Billboard 200” com vendas de 192 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Fly”.


03. SPEAK

Artista: Lindsay Lohan

Gravadora: Casablanca Records

Lançamento: 07/12/2004

Singles: “Rumors”, “Over”, “First”

Considerações: O nosso top 3 é iniciado por ninguém mais, ninguém menos que Lindsay Lohan, a mais conhecida bad girl hollywoodiana da atualidade. Com “Speak”, seu primeiro trabalho musical sério, a norte-americana mostrou ao mundo que, além de seu talento nato para a representação, também foi beneficiada com uma voz poderosa e altamente limpa. O primeiro single, “Rumors”, mal foi lançado e chegou a ser indicado a uma categoria no “Video Music Awards” de 2005 na categoria de “Melhor Vídeo Pop” – mas perdeu para Kelly Clarkson com “Since U Been Gone”. “Speak” foi influenciado pelos gêneros pop, pop-rock, dance-pop e gravado sob o selo da “Casablanca Records”, com produção executiva de Tommy Mottola – o cara que descobriu Mariah Carey. Mostrando um lado mais sensível e comercial, Lohan somente foi se libertar musicalmente no ano seguinte, com a liberação de seu segundo álbum, “A Little More Personal (Raw)” – que em breve receberá uma análise exclusiva.

Paradas musicais: O álbum estreou em #4 na “Billboard 200” com vendas de 261 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Rumors”.


02. BREAKAWAY

Artista: Kelly Clarkson

Gravadora: RCA Records

Lançamento: 30/11/2004

Singles: “Since U Been Gone”, “Behind These Hazel Eyes”, “Because Of You”, “Walk Away”, “Breakaway”

Considerações: Se o “American Idol” teve como objetivo principal encontrar um novo artista entre pessoas dos mais variados lugares do mundo, com certeza Kelly Clarkson foi a candidata mais bem sucedida da história do programa – sem desmerecer Carrie Underwood e Jordin Sparks, claro. Dona de uma voz poderosa e marcante, foi com “Breakaway” que Clarkson explodiu nas paradas de sucesso e se estabeleceu como uma cantora respeitada. Dona de inúmeros hits, três de seus maiores sucessos estão presentes em seu segundo disco, sendo eles “Because Of You”, “Since U Been Gone” e a faixa-título, “Breakaway”. Trabalhando ao lado de Dr. Luke (Katy Perry), Max Martin (Britney Spears), Kara DioGuardi (Christina Aguilera) e até mesmo Avril Lavigne, a loira presenteou os fãs com seu álbum mais vendido mundialmente – são mais de 15 milhões de cópias – e provavelmente o mais querido entre os seguidores da ex-garçonete. Com suas 4 oitavas, Kelly é provavelmente uma das cantoras mais bem treinadas vocalmente da atualidade.

Paradas musicais: O álbum estreou em #3 na “Billboard 200” com vendas de 250 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Because Of You”.


01. UNDER MY SKIN

Artista: Avril Lavigne

Gravadora: Arista Records, RCA Records

Lançamento: 25/05/2004

Singles: “Don’t Tell Me”, “My Happy Ending”, “Nobody’s Home”, “He Wasn’t”, “Fall To Pieces”, “Take Me Away”

Considerações: Não é a toa que a “Princesa do Pop-Punk” conseguiu, com seu segundo álbum de inéditas, conquistar nosso primeiro lugar. Os singles retirados de “Under My Skin” o tornaram um disco memorável, mas mesmo se ali não estivessem, este continuaria sendo, em minha singela opinião, o melhor álbum da canadense. Mais profundo que o debut “Let Go” e mais maduro que os posteriores, “Skin” nos revela uma Avril muito mais adulta e vulnerável – talvez só não tão vulnerável como pudemos ver em “Goodbye Lullaby”. Assim como “Fly”, de Hilary Duff, “Nobody’s Home” é um dos grandes destaques do CD, consolidando-se como uma das canções mais melancólicas e impactantes da última década. Número #1 em diversos países incluindo Canadá, Austrália e Japão, estima-se que o disco tenha ultrapassado 8 milhões de cópias a nível mundial.

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 381 mil cópias na primeira semana.

Ouça: e assista ao videoclipe de “Nobody’s Home”.