Os 10 melhores discos de 2017

Apesar de não termos escrito tanto sobre música neste ano, não poderíamos deixar de compartilhar aqui no Caí da Mudança a já tradicional relação com os 10 melhores discos liberados ao longo destes últimos 12 meses. Entretanto, desde já gostaríamos (e precisamos) esclarecer que, diferente dos anos anteriores, foi bastante difícil para nós chegar a uma lista definitiva dos melhores de 2017, uma vez que foram muitas as opções realmente boas e que mereciam o mínimo possível de destaque em um especial como este.

Assim, e sem maiores delongas, você confere a seguir o nosso acirrado top 10, as já conhecidas menções honrosas e, não menos importante, uma pequena surpresa com o que foi considerado, tanto pela crítica quanto pelo público, o melhor álbum pop de 2017. Não se esqueça de clicar nas imagens abaixo para conferir um videoclipe especial de cada álbum e artista, ok? Ah, e ainda vale lembrar que você pode acessar os títulos escolhidos em 2016 (através deste link) e os selecionados em 2015 (por este outro link). Preparados? Então vamos lá:

10) YOUNGER NOW – MILEY CYRUS

Gravadora: RCA Records

Lançamento: 29 de setembro de 2017

Singles: “Malibu”, “Younger Now”

Considerações: Distanciando-se da imagem provocativa que construiu com tanto afinco durante as eras “Bangerz” (2013) e “Miley Cyrus & Her Dead Petz” (2015), é num tom mais intimista e raiz que Miley Cyrus ressurge em pleno 2017 com o 6º lançamento de sua diversificada discografia. Impulsionado pelo carro-chefe “Malibu” (#10 no “Hot 100”), “Younger Now” pode não ter atendido às expectativas do público, mas é sem sombra de dúvidas uma obra que merece ser reconhecida. Contando com apenas 11 faixas – todas compostas e produzidas pela própria Miley ao lado de Oren Yoel (com quem já havia trabalhado em “Dead Petz”) –, o disco combina pop-rock a baladinhas country da maneira mais espetacular possível. Totalmente sóbria de sua vida pregressa, é com uma sonoridade bem retrô, mas contemporânea, que a cantora nos apresenta à gravações sublimes (à exceção de “Rainbowland”, é claro) como “Bad Mood”, “Love Someone” e a fantástica faixa-título

Paradas musicais: O álbum estreou em #5 na “Billboard 200” com vendas de 45 mil cópias na primeira semana

9) TELL ME YOU LOVE ME – DEMI LOVATO

Gravadora: Island, Safehouse, Hollywood Records

Lançamento: 29 de setembro de 2017

Singles: “Sorry Not Sorry”, “Tell Me You Love Me”

Considerações: Outra ex-Disney star que também marcou 2017 com novo material foi a Demi Lovato, que há dois anos já havia nos surpreendido com o Grammy nominee “Confident” (2015). Colhendo os bons frutos gerados pelo lead single “Sorry Not Sorry” (#6 no “Hot 100”), em seu 6º álbum Lovato perambula, majoritariamente, entre o pop e o R&B, investindo em uma roupagem ainda mais obscura – e deixando claro que sua intenção é mesmo abraçar novos públicos e mercados. Explorando de forma secundária gêneros como synth-pop, gospel, rock e hip-hop, a moça é precisa em sua busca por independência e felicíssima ao nos presentear com as memoráveis “Ruin The Friendship”, “Cry Baby” e “Games” – até mesmo a carnavalesca “Instruction”, com Jax Jones e Stefflon Don, foi lembrada. Trazendo 12 faixas na edição standard, 15 na deluxe e 17 na exclusiva da Target, “Tell Me You Love Me” inclui as produções de Oak Felder, Trevor Brown entre muitos outros

Paradas musicais: O álbum estreou em #3 na “Billboard 200” com vendas de 75 mil cópias na primeira semana

8) AFTER LAUGHTER – PARAMORE

Gravadora: Fueled by Ramen

Lançamento: 12 de maio de 2017

Singles: “Hard Times”, “Told You So”, “Fake Happy”

Considerações: Quem diria que, após 13 anos de uma sólida carreira construída no rock alternativo, o Paramore pudesse nos surpreender com um álbum totalmente pop? Embalado pelos instrumentais do new wave, do pop-rock, do synth-pop e do power pop, “After Laughter”, o 5º do trio, já demonstra logo em sua faixa de abertura todo o alto-astral ambientado na dance music dos anos 80 que esculpe sua tracklist do início ao fim. Totalmente contagiante e com uma pegada chiclete que não desgruda de nossos ouvidos, o sucessor de “Paramore” (2013) explora desde sons mais alternativos (“No Friend”, “Idle Worship”) a baladinhas suaves (“26”, “Tell Me How”) e canções recheadas de sintetizadores (“Hard Times”, “Rose-Colored Boy”). Recebendo as composições de Hayley Williams, Zac Farro (que desde o começo do ano voltou à formação da banda), Aaron Weiss e Taylor York, todas as 12 músicas nele presentes foram produzidas por York. Não deixe de conferir nossa resenha completa sobre o disco!

Paradas musicais: O álbum estreou em #6 na “Billboard 200” com vendas de 67 mil cópias na primeira semana

7) BEAUTIFUL TRAUMA – PINK

Gravadora: RCA Records

Lançamento: 13 de outubro de 2017

Singles: “What About Us”, “Beautiful Trauma”

Considerações: Separados por um interminável espaço de 5 anos, foi após muita espera dos fãs que o 7º álbum da Pink chegou há poucos meses para suceder o exitoso “The Truth About Love” (2012). Aliando-se aos velhos amigos Max Martin e Shellback, é em seu já familiar pop-rock ora pessoal, ora ousado, que a voz por trás de hits como “Just Like a Pill” surge com as indispensáveis “Revenge” (com o Eminem), “Whatever You Want” e “Secrets”. Creditada na composição de cada uma das 12 faixas presentes no disco, Pink acerta em cheio na vibe transmitida pelo “Beautiful Trauma” – a qual nos lembra, inevitavelmente, a do smash hit “Fuckin’ Perfect” (principalmente por “For Now”). Entre tantos artistas medíocres que sempre parecem acompanhar as tendências do momento e nunca inovam, é muito bom ver uma veterana fazendo música pop moderna com a mesma qualidade de seus trabalhos antecessores. Destaque especial, ainda, para “Barbies” e “Where We Go”

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 408 mil cópias na primeira semana

6) REPUTATION – TAYLOR SWIFT

Gravadora: Big Machine Records

Lançamento: 10 de novembro de 2017

Singles: “Look What You Made Me Do”, “…Ready For It?”

Considerações: Pegando-nos de surpresa após os boatos que apontavam seu retorno para este ano, Taylor Swift não se contentou com uma estreia simplória e chegou com tudo com sua “Look What You Made Me Do” (#1 no “Hot 100”). Quebrando o recorde de vídeo mais visualizado no YouTube nas primeiras 24h (foram 43,2 milhões de views), a moça encaixou “…Ready for It?” (#4) na sequência e a partir daí não deu mais descanso para quem estava ansioso pelo seu 2º lançamento pop. Trazendo Ed Sheeran e Future em “End Games”, o 6º da cantora, assim como seu antecessor, capricha nas batidas de electropop e synth-pop produzidas por ninguém menos que Jack Antonoff, Max Martin e Shellback – aliás, a própria Taylor assina a produção de algumas faixas junto com a produção executiva. Muito mais obscuro e desafiador que o “1989” (2014), “Reputation” caminha por uma montanha-russa de altos e baixos que vai desde hits prontos como “I Did Something Bad”, “Don’t Blame Me” e “Dancing With Our Hands Tied” à gravações que jamais deveriam ter visto a luz do dia, como “Gorgeous”

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 1.238 milhão de cópias na primeira semana

5) PLACES – LEA MICHELE

Gravadora: Columbia Studios

Lançamento: 28 de abril de 2017

Singles: “Love Is Alive”

Considerações: Contrariando o pop mainstream que tem tocado nas rádios ano após ano (inclusive o que marcou presença em seu debut album), é num tom mais cru e super afinado que Lea Michele nos embala em “Places”, sua 2ª experiência pelos estúdios de gravação. Recordando o passado de Michele na Broadway, o aguardado sucessor de “Louder” (2014) não deixa a desejar no quesito autenticidade e supera (em muito) a estreia mais comercial da ex-estrela de “Glee” há 4 anos com o single “Cannonball”. Trazendo as composições de grandes nomes da indústria musical atual (como Linda Perry, Ellie Goulding e Julia Michaels), “Places” extrapola vivacidade nas baladas muito bem produzidas pelos talentosos John Shanks, Xandy Barry (do multiplatinado duo Wax Ltd) entre outros. Apesar de pouco divulgado na mídia, o disco, que conta com 11 faixas na edição padrão e 13 na exclusiva da Target, não falhou no quesito gravações atemporais, dentre as quais devemos mencionar “Heavenly”“Hey You”“Sentimental Memories”

Paradas musicais: O álbum estreou em #28 na “Billboard 200” com vendas de 16 mil cópias na primeira semana

4) FLICKER – NIALL HORAN

Gravadora: Neon Haze, Capitol Records

Lançamento: 20 de outubro de 2017

Singles: “This Town”, “Slow Hands”, “Too Much to Ask”

Considerações: Primeiro novato do nosso top 10, Niall Horan ainda fazia parte do One Direction quando muitos o classificavam como o membro mais fraco do grupo. Dois anos mais tarde, felizmente, esta falácia logo caiu por terra. Dono de um dos maiores sucessos do ano (“Slow Hands”, #3 na Irlanda, #7 no Reino Unido, #11 nos EUA), Horan causou ainda mais frisson quando “Flicker”, o seu 1º álbum como solista, estreou direto no topo da parada norte-americana (mercado este que nem sempre é tão receptivo a artistas de outros continentes). Coescrevendo cada uma das 13 canções presentes no disco, Niall ainda é creditado pelo violão que podemos ouvir em 9 delas. Inspirado por bandas antigas de rock, como o Eagles e o Fleetwood Mac, “Flicker” caminha predominantemente pelo folk pop produzido por profissionais como Greg Kurstin, Julian Bunetta e Jacquire King. Se você gostou da maravilhosa “Slow Hands”, então não pode deixar de conferir as igualmente icônicas “On the Loose”, “Mirrors” e “The Tide”

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 152 mil cópias na primeira semana

3) RAINBOW – KESHA

Gravadora: Kemosabe, RCA Records

Lançamento: 11 de agosto de 2017

Singles: “Praying”, “Woman”, “Learn to Let Go”

Considerações: Renascendo como uma fênix não apenas figurativamente, mas também literalmente, foi após uma árdua batalha judicial contra o produtor Dr. Luke que Kesha conseguiu finalmente dar continuidade à sua carreira. Dizendo adeus ao electropop que predominou em seus trabalhos anteriores, em “Rainbow” a cantora abandona de vez o efeito robótico que a fez tão famosa no início da década e, com a voz mais limpa do que nunca, experimenta gêneros como pop rock, glam rock, neo soul e country pop. Entoando o hino mais feminista do ano (“Woman”), é entre letras intimistas (“Bastards”, “Praying”), sonoridades regionais (“Hunt You Down”, “Spaceship”) e hits dançantes (“Learn to Let Go”) que o 3º álbum e Kesha a colocou novamente em evidência no mundo todo. Dando um tapa na cara de todos que duvidavam de seu poderio vocal, a loira esteve tão intimamente ligada ao processo criativo do disco que subscreveu a composição de suas 14 faixas, além da produção executiva de todo o material; outros produtores incluem Ricky Reed e Drew Pearson

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 117 mil cópias na primeira semana

2) HARRY STYLES – HARRY STYLES

Gravadora: Erskine, Columbia Records

Lançamento: 12 de maio de 2017

Singles: “Sign of the Times”, “Two Ghosts”, “Kiwi”

Considerações: Livrando-se da pegada teen inerente a cada disco e música de sua boyband, foi impulsionado pelo soft rock e britpop que Harry Styles fez o que consideramos a melhor estreia solo de um integrante da One Direction. Iniciado pelo carro-chefe “Sign of the Times” (#1 no UK, #4 nos EUA), o 1º disco de Harry – que assim como os de Zayn e Niall também estreou direto no topo da “Billboard 200” –, acerta em cheio nas produções de Jeff Bhasker, Alex Salibian e Tyler Johnson que em nada se assemelham aos lançamentos do 1D. Rendendo, ainda os singles “Kiwi”“Two Ghosts”, “Harry Styles” chegou a ser amplamente divulgado em diversos programas de rádio, TV e internet (como a insuperável edição de 2017 do “Victoria’s Secret Fashion Show” que você certamente ouviu falar). Coescrevendo todas as 10 faixas que compõem a tracklist do material, o vocalista ascende magistralmente e revela-se, sem esforço, uma das maiores apostas para o futuro da música internacional. Não deixe de conferir “Carolina”, “Only Angel” e “Ever Since New York”

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 230 mil cópias na primeira semana

1) HEARTS THAT STRAIN – JAKE BUGG

Gravadora: Virgin EMI Records

Lançamento: 1º de setembro de 2017

Singles: “How Soon the Dawn”

Considerações: Pode parecer curioso que um blog tão familiarizado a resenhar álbuns de música pop opte por selecionar o trabalho de um artista alternativo para encabeçar uma lista de melhores discos do ano. Entretanto, fica difícil não o fazer quando paramos para ouvir, e consequentemente nos apaixonar, pelo 4º de inéditas do músico inglês Jake Bugg. Liberado um ano e três meses após “On My One” (2016), “Hearts That Strain” dá continuidade à trajetória de Jake por suas variações favoritas da indie music, dentre as quais se destacam o indie rock, indie folk, folk rock e country folk. Compondo, sozinho, cada uma das 11 faixas que aparecem no álbum, Bugg ainda participou ativamente do processo de produção do material, tendo desta vez recebido a ajuda de Dan Auerbach (o guitarrista e vocalista do The Black Keys) na árdua tarefa. Convidando Noah Cyrus para dividir os vocais na melódica “Waiting”, o cara transcende a musicalidade de qualquer outra obra liberada em 2017 com uma introspecção que beira à perfeição. Já queremos “Indigo Blue” como próximo single!

Paradas musicais: O álbum estreou em #7 na “UK Albums” (nº de cópias desconhecido)

ÁLBUM BÔNUS:

MELODRAMA – LORDE

Gravadora: Lava, Republic Records

Lançamento: 16 de junho de 2017

Singles: “Green Light”, “Perfect Places”, “Homemade Dynamite”

Considerações: Seríamos loucos se, em uma publicação como esta, não abríssemos um espacinho para falar sobre o 2º álbum de inéditas da neozelandesa Lorde. Afinal, não é qualquer trabalho que consegue, simultaneamente, liderar diversas listas de fim de ano, ser aclamado entre o público e a crítica e ainda indicado a “Album of the Year” pela maior premiação musical da história: o Grammy. Precedendo “Pure Heroine” (2013), não é em vão que “Melodrama” foi nomeado com o título que ostenta. Intercalando gêneros diversos que variam do dance-pop de “Green Light” a baladas carregadas por piano como “Liability”, o disco explora temas como a solidão e rompimentos amorosos de maneira louvável e intensa. Auxiliada por Jack Antonoff, Malay e Frank Dukes, Lorde compôs e produziu cada uma das 11 músicas que fazem de “Melodrama” o sucesso que ele é. Dê o play nas ótimas “Supercut”, “Perfect Places”, “Writer In the Dark” e “Sober”

Paradas musicais: O álbum estreou em #1 na “Billboard 200” com vendas de 109 mil cópias na primeira semana

MENÇÕES HONROSAS:

E aí, querido leitor? Quais foram os seus álbuns favoritos de 2017? Apesar de elencarmos acima o que consideramos os 10 melhores lançamentos do ano, é importante citarmos outros discos que também ganharam destaque nestes últimos meses e que, sem sombra de dúvidas, merecem ao menos nossas menções honrosas. Assim, também destacamos o “Meaning of Life”, da Kelly Clarkson; o “The Ride”, da Nelly Furtado; o “El Dorado”, da Shakira; o “Blue Lips”, da Tove Lo; o “Evolve”, do Imagine Dragons; e o “Dua Lipa”, da Dua Lipa. Muito obrigado por nos acompanhar em 2017 e um Feliz Ano Novo pra você e para toda sua família!

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Taylor Swift se vendeu para a indústria musical?

Não é de hoje que Taylor Swift tem se destacado no cenário musical e conquistado alguns dos títulos mais desejados expedidos pelas célebres premiações que elegem os melhores artistas da atualidade. Moldando sua carreira no country e liberando 4 álbuns no gênero raiz – aquele que aprendeu a amar e a criar desde que se mudou para Nashville, quando tinha apenas 14 anos –, a norte-americana não parecia demonstrar qualquer apavoramento em conquistar o topo do mundo enquanto competia indiretamente com os famosos cantores da música pop. Porém, a arma secreta de Taylor estava prestes a se dissipar quando o disco “1989” foi anunciado no ano passado juntamente com o seu carro-chefe “Shake It Off”.

Não que a moça fosse uma novata nesse gênero – diversas músicas do álbum “Red”, como “We Are Never Ever Getting Back Together”, “I Knew You Were Trouble.” e “22” já haviam recebido as influências do mainstream –, mas, desta vez, a “desculpa” de ser uma cantora country não mais poderia ser usada caso o novo material não fosse bem recebido pelo seu público alvo. Porém, para a felicidade de Swift, seus fãs não a deixaram na mão e demorou apenas 1 semana para o “1989” vender 1,287 milhão de cópias apenas nos EUA e quase quebrar o recorde de “disco mais vendido na semana de estreia por uma cantora solo”, o qual pertence atualmente à Britney Spears e o seu “Oops!…I Did It Again” (que espalhou 1,4 milhão de unidades na sua first week).

Colhendo os louros de seu investimento em um gênero musical mais universal e receptivo, em pouco mais de um ano a cantora e compositora atingiu o invejável feito de posicionar todos os 5 singles do novo material dentro do top 10 da “Billboard Hot 100”, a parada de sucessos mais importante dos EUA. Das 5 faixas liberadas para promover o novo álbum e a nova fase de Swift para as pessoas, 3 atingiram o #1 lugar no território estadunidense e receberam incontáveis certificados de platina nos mais diversos países da Europa, Ásia e Oceania. O trabalho, que até fevereiro deste ano já havia distribuído 8,6 milhões de cópias ao redor do mundo, é de longe o mais ousado da iniciante discografia de Taylor, mas será que é mesmo o mais autêntico?

Se antes a loirinha tinha como maior objetivo levar até as pessoas um pouco de todo o romantismo característico da música country (que desde os anos 20 une adeptos por onde passa), com o seu 5º álbum de inéditas Swift tentou resgatar o dance-pop dos anos 80 que bombou há longuíssimos 30 anos. Caprichando nos sintetizadores e chamando alguns gigantes da indústria como Max Martin, Ryan Tedder e Shellback para coescrever e produzir as principais faixas do material, as parcerias assinadas com a cantora parecem ter surtido um efeito positivo em sua nova imagem pública. Bem recebido pela crítica especializada, incluindo a popular “Metacritic”, que condecorou o “1989” com 76/100 pontos, a conceituada “Rolling Stone” deu ao disco 4/5 estrelas enfatizando: “profundamente estranho, febrilmente emotivo, descontroladamente entusiasmante. ‘1989’ soa exatamente como Taylor Swift, mesmo que não se pareça com nada já tentado antes por ela”.

Deixando de lado as inspirações da black music incorporadas em grande parte dos hits que dominaram as rádios de 2013 pra cá, Taylor resolveu seguir os passos dados por Katy Perry em seu “Prism” e produziu em “1989” um pop com mais cara de pop e menos de Hip-Hop ou R&B (como aquele feito por Miley Cyrus em “Bangerz” ou Justin Bieber em “Journals”). Tomando o total controle criativo de sua nova fase e participando ativamente não apenas da composição (de todas as canções) como também da coprodução de 7 das 16 faixas presentes no recente trabalho, a cantora acertou em cheio ao protagonizar ao lado de grandes diretores os seus melhores videoclipes desde que esta nova era foi iniciada. Seja pela letra encorajadora de “Shake It Off” (e todo o senso de humor esbanjado pela sua intérprete no vídeo da música) ou pela fotografia incrível de “Wildest Dreams”, é um fato irrefutável que Swift sabe mesmo como entregar aos seus fãs um trabalho visual de tirar o fôlego (será que precisamos mesmo nos lembrar o quão grande foi “Blank Space” quando do seu lançamento?).

Todavia, se por um lado existe o ponto bom dessa história, por outro surge um ângulo não muito bem visto pelo pessoal detentor de uma opinião mais crítica e feroz. Alguns alegando que Taylor estaria “se vendendo” para a indústria e partindo para uma sonoridade mais comercial só para lucrar (como eu bem me recordo de ler em diversas páginas do Facebook há pouco mais de um ano), outros chegaram a criar a teoria de que a trajetória trilhada por Swift pela música country nada mais foi que uma jogada de marketing para solidificar a sua futura estreia junto ao cenário pop. Marketing ou não, não há como negar que a transição vivida pela loira foi muito bem executada e apenas a deixou ainda mais poderosa nesta indústria.

Afinal, todo o trabalho e esforço investidos para se construir uma grande estrela possuem o seu preço, e não seria diferente com a nossa eterna garotinha apaixonada de “Love Story”. Revelando uma faceta até então desconhecida pela grande maioria das pessoas, Taylor demonstrou suas mais avançadas aptidões de gestão e administração ao travar uma luta contra um dos maiores serviços de streaming da história da internet: o Spotify. Retirando todo o seu catálogo do popular site de hospedagem musical, a cantora revelou à época que “pirataria, compartilhamento de arquivos e streaming haviam encolhido drasticamente os números de álbuns pagos… Música é arte, e arte é importante e rara. Coisas raras e importantes são valiosas. Coisas valiosas devem ser pagas. É minha opinião que a música não deve ser gratuita”. O mesmo aconteceu há uma semana, quando os fãs da musicista receberam alguns e-mails um tanto quanto intimidadores depois de publicarem vídeos não autorizados da “The 1989 World Tour” no Periscope, o snapchat dos vídeos gravados em tempo real e que são automaticamente excluídos após 24 horas da sua inclusão.

Mas, esperem um pouco! Tendo de lidar com os comentários de que promovia seu trabalho como uma dama de ferro totalmente mercenária, não estaríamos sendo justos com a cantora se não nos lembrássemos também de todas as boas ações praticadas por ela desde que seu nome não saiu mais dos holofotes e o seu disco foi o mais procurado do ano. Seja por ter ajudado um fã a pagar uma dívida com os estudos ou por bancar a irmã mais velha de seus seguidores do Tumblr, Swift demonstra, mesmo em momentos de descontração em sua casa (ou em cima dos palcos), que é gente como a gente e adora fazer maratonas de seriados como “Friends” e fantasiar seus gatos para o Halloween (além de também morrer de medo de pagar mico em público) – tudo isso você confere aqui. Por acaso alguém mais por aí se recorda do quão legal ela foi ao doar todos os lucros obtidos com o clipe de “Wildest Dreams” para uma instituição que dedica seu trabalho à conservação dos animais em extinção?

Planejando uma folga da agitada correria do seu dia a dia, até mesmo Taylor sabe que superexposição não faz bem a ninguém e já começou a pensar o que vai fazer após o término de sua atual turnê, que possui data de encerramento agendada para dezembro deste ano. Em recente entrevista para a revista “NME”, a loira revelou que conhece as consequências de ser o centro das atenções durante todo o tempo e o quanto as pessoas se cansam de ouvir o mesmo nome repetidamente. Visando preservar a sua carreira, ela revelou que deverá “[…] tirar um período de folga, as pessoas talvez precisem de um tempo longe de mim. Vou passear com meus amigos, compor novas músicas. Talvez nem compor novas músicas, eu não sei. Estou no noticiário todo dia por razões diferentes e, às vezes, se você deixar a ansiedade te abater, pode parecer que todos estão esperando você se dar mal; e então você estará acabada. Muitas vezes preciso ligar para minha mãe e conversar por um longo tempo, só para lembrar a mim mesma de todas as coisas que estão ótimas e das coisas que importam”.

É um fato que as novas músicas gravadas por Swift nos soaram muito menos emocionantes que as presentes nos discos “Taylor Swift”, “Fearless”, “Sparks Fly” e “Red”, mas devemos levar em conta que o “1989” tem funcionado atualmente não como o 5º de inéditas da cantora, mas sim como o seu 1º, visto que o cenário pop ainda é uma novidade para ela. É natural que antes de se preparar com um trabalho conceitual demais, um cantor inteligente prefira solidificar sua carreira fazendo uma estreia mais genérica para evitar a recusa popular. Dando-nos uma verdadeira aula de empreendedorismo musical, Taylor – não muito diferente de Katy Perry, que há pouco mais de 3 anos havia tentado de tudo para quebrar um recorde de Michael Jackson – sabe o que é o melhor para a sua imagem e demonstra que usar o cérebro não é uma tarefa muito complicada como tantos outros artistas fazem parecer.

Não nos esquecendo, antes de mais nada, que cabe ao artista e a sua equipe decidir quais serão os novos caminhos seguidos por ele, independente de o público acreditar ser um sucesso ou retrocesso. Em “1989” tivemos a oportunidade de conhecer uma nova Taylor Swift, a qual cumpriu o seu papel de forma espetacular ao ter sido capaz de criar hits instantâneos que agradaram a maior parte do seu público. Descobrindo novos talentos e curiosidades sobre si mesma, é invejável o quanto Taylor cresceu como artista e pessoa, conseguindo sem qualquer problema romper as amarras que a prendiam há tanto tempo na música country.

Não cabe a mim ou a você julgar se os métodos de divulgação procedidos por Taylor foram bons ou ruins, inteligentes ou abusivos (afinal: o direito de imagem está seguramente protegido e não existe só pra ocupar espaço na lei). A nossa tarefa, como ouvintes (e não empresários), é julgar a qualidade do som produzido, o esforço gasto pelo artista e a originalidade desenvolvida, fatores ainda presentes no material da cantora. Até parece que se qualquer um de nós estivesse no lugar dela não empregaria qualquer meio lícito (ou ilícito, dependendo de quem for) para aproveitar todas as chances de tentar ser o melhor.

Confira os lançamentos musicais que rolaram ontem no “VMA 2015”

A edição de 2015 do “Video Music Awards” rolou ontem (30/07), em L.A. e, como já é de conhecimento do público, diversas apresentações encabeçadas pelos cantores mais badalados da atualidade serviram de entretenimento para os milhões de telespectadores que acompanharam o evento em tempo real. Em uma noite em que não tivemos a presença de membros ilustres como Lady Gaga, Madonna ou Beyoncé com suas energias contagiantes, o jeito foi se contentar com algumas performances mais modestas de Demi Lovato e Justin Bieber.

E, como se não bastasse todo o frisson causado pela competição que elegeu os melhores videoclipes lançados no decorrer do ano, diversas surpresas acabaram vindo à tona em uma das edições mais paradas da história do evento. Seja pelos inúmeros prêmios levados por Taylor Swift para casa, pela apresentação da loira ao lado da Nicki Minaj ou pela treta envolvendo a rapper de “The Night Is Still Young” com a ex-Hannah Montana, o “VMA” deste ano serviu também de cenário para o lançamento de alguns materiais inéditos por parte de alguns dos convidados da premiação. Vamos dar uma conferida nessas novidades?


Em “Levels”, Nick Jonas quer mostrar que cresceu e não é mais o caçula bobinho dos Jonas Brothers:

O integrante mais jovem da popular banda de pop-rock dos anos 2000 já havia nos dado pequenos indícios de que possuía planos para focar sua música na carreira solo, mas, depois que seu irmão Joe se lançou em 2011 e pouco chamou a atenção dos charts, muito se questionou se Nick seguiria em frente ou não. Lançando seu disco homônimo e emplacando os singles “Chains” e “Jealous” dentro do top 20 da “Billboard Hot 100” (#13 e #7, respectivamente), Nicholas vem agora com sua nova música de trabalho para firmar ainda mais a imagem de sex symbol que adquiriu no ano passado. Chamando diversas dançarinas para sensualizar ao seu lado em um galpão abandonado repleto de pneus, latões, ventiladores e cadeiras bem posicionadas, o cantor provavelmente sabe que é o momento de procurar por estabilidade comercial e já prepara um novo disco que deverá sair em breve. Não que “Levels” vá acrescentar muito à sua discografia inicial, mas, às vezes, um homem só precisa seguir a sua natureza e agir como um homem.

ASSISTA AQUI AO VIDEOCLIPE DE “LEVELS”, DO NICK JONAS.


É hora da redenção! À procura de uma nova imagem pública, Justin Bieber aposta todas as suas fichas em “What Do You Mean?”:

Depois de se meter em uma série de problemas que relacionou prisões, brigas com os paparazzi, encontros com prostitutas e um suspeito envolvimento com drogas, Justin Bieber passou um bom tempo recluso do mundo do entretenimento sem liberar qualquer novidade. Entretanto, sempre é chegado um momento de retornar e, foi com o dueto na música “Where Are Ü Now”, do Jack Ü, que o garoto prodígio decidiu neste ano dar um tapa no passado e dizer para as pessoas que estava pronto para recuperar a sua carreira. Limpando sua imagem de bad boy, Bieber é um cara todo romântico no clipe de “What Do You Mean?”, o atual single de trabalho do canadense – e, como não poderia deixar de ser, é necessário apenas um minuto e meio para Justin tirar as suas roupas e mostrar as tatuagens para as suas fieis seguidoras. Assim como “Levels”, “What Do You Mean?” ganha alguns pontos positivos por ter aquela pegada chiclete que grudará na sua cabeça (mesmo que, para isso, não tenha metade do potencial de “Boyfriend” ou “As Long As You Love Me”). Quem sabe o 2º single não nos impressione mais, não?

ASSISTA AQUI AO VIDEOCLIPE DE”WHAT DO YOU MEAN?”, DO JUSTIN BIEBER.


Taylor Swift não cansa de nos surpreender e é uma atriz hollywoodiana em “Wildest Dreams”:

Após uma superexposição com o álbum “1989” e o sucesso incontestável de “Shake It Off”, “Blank Space” e “Bad Blood”, muitos de vocês devem estar saturados de ouvir o nome “Taylor Swift” por aí, mas não há como negar que a norte-americana sabe como conduzir uma grande produção. Dando continuidade ao seu sólido legado construído no pop, a 9ª faixa de seu 5º disco de inéditas foi a escolha da vez para seguir os passos de “Style” e deixar o mainstream como segundo plano. Repaginando seu visual e utilizando-se de uma peruca escura para viver uma atriz de cinema que contracena com o galã Scott Eastwood, Swift mostrou seu lado mais humanitário ao reverter todos os lucros obtidos com o vídeo da música para uma instituição que dedica seu trabalho à conservação dos animais, a “African Parks Foundation of America”. Composta pela própria Taylor ao lado de Max Martin e Shellback (e produzida pelos últimos), a moça tem acertado bem em chamar o Joseph Kahn para gravar os seus clipes, não? Okay Taylor, nós adoramos “Wildest Dreams”, mas cadê “Out Of The Woods” e “Welcome To New York”?

ASSISTA AQUI AO VIDEOCLIPE DE”WILDEST DREAMS”, DA TAYLOR SWIFT.


Parece que a era Bangerz está só começando! Já viu “Dooo It!”, a nova da Miley Cyrus?:

Quando “Adore You” encerrou a divulgação do “Bangerz” e nada mais sobre essa era foi anunciado pela mídia, eu realmente cheguei a acreditar que Miley Cyrus estaria se inspirando para criar um projeto muito maior e melhor. Mero engano! Porém, se existe algo em que a intérprete de “We Can’t Stop” tem se saído bem é em não dar a mínima para o que as pessoas acham dela, inclusive este que vos escreve. Lançando um novo álbum completamente independente que possui inimagináveis 23 faixas, “Miley Cyrus and Her Dead Petz” é o nome do EP liberado pela loira na noite de ontem e que pode ser ouvido gratuitamente aqui. O primeiro single do trabalho, “Dooo It”, é o mesmo apresentado por Cyrus no palco do “VMA” ao lado de diversas drag queens e também já teve o seu clipe adicionado ao YouTube. Lambuzando-se com muito glitter enquanto fuma um baseado e mostra sua língua feroz para quem quiser ver, Miley está… sinto muito, mas não consegui ver o vídeo completo (será que você vai ser capaz?).

ASSISTA AQUI AO VIDEOCLIPE DE”DOOO IT”, DA MILEY CYRUS.

10 coisas que você não pode deixar de ouvir nesse Natal

Natal é o nome da festa religiosa cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo. O dia de Natal, 25 de dezembro, foi estipulado pela Igreja Católica no ano de 350 através do Papa Julio I, sendo mais tarde oficializado como feriado ¹.

O Natal de 2013 mal passou e o de 2014 já está aí, batendo à porta de sua casa e querendo entrar para as festividades de fim de ano. Com muitas comidas típicas e decorações que deixam qualquer cidade de interior com uma aparência mais receptiva, as pessoas se preparam para enfrentar filas e comprar seus presentes de última hora: você sabe, aquele velho jeitinho brasileiro. Detalhes a parte, não é a toa que essa é a época favorita de muitas pessoas, incluindo este que vos escreve.

Claro, sempre tem aquele que adora pré-julgar tudo e vir com o clássico papinho de consumismo capitalista e hipócrita, mas, convenhamos que numa data como essa não dá pra permitir que ninguém estrague a nossa felicidade, certo? É muito bom comprar presente pra quem amamos e ver que aquele brilho nos olhos da criançada correndo pela casa com seus brinquedos coloridos e barulhentos. Pelo menos em 1 dos nossos 365 dias, tentamos esquecer tudo o que nos atormentou durante o ano e ver as coisas de uma forma diferente, mais positiva. Eu sei que deveríamos fazer isso todos os dias, mas todos nós sabemos que não é uma tarefa tão simples assim.

E como não deveria deixar de ser, a música também abriu um espacinho para comemorarmos o nascimento do menino Jesus e nos presenteou com diversos trabalhos natalinos. Seja com inspirações do pop ou do jazz, são inúmeros os discos que exaltam essa data e pipocam nas prateleiras das lojas mais que lançamento de álbum novo da Taylor Swift. Abaixo, relacionei 10 coisas que não podem faltar no meu Natal musical, e espero que aproveitem as dicas as colocando em prática. É isso, Feliz Natal a todos vocês, Feliz Ano Novo e tudo de melhor a cada um de vocês. É tempo de esquecermos as tristezas do passado e nos prepararmos para mais um recomeço ao lado de quem amamos, então, bola pra frente.


ÁLBUNS:

MERRY CHRISTMAS – MARIAH CAREY:

É com a “Rainha do Natal” que abrimos o nosso especial de fim de ano. Lançado no novembro de 1994, o álbum foi liberado no ápice da carreira de Mariah, quando tudo o que a cantora tocava automaticamente virava ouro. Vendendo 15 milhões de cópias mundiais, é o disco natalino mais vendido de todos os tempos, tendo originado o mega sucesso “All I Want For Christmas Is You”, top 5 nas rádios norte-americanas. Com inspirações na música pop, natalina, R&B e gospel, Carey dá um show com seus vocais bem trabalhados e não deixa de marcar presença anualmente em diversas apresentações públicas, como a desse ano em Nova Iorque. O álbum ganhou uma segunda parte em 2010, quando Mimi gravou e lançou “Merry Christmas II You”, seu segundo disco natalino, e o single inédito “Oh Santa”.

ASSISTA A PERFORMANCE DE “ALL I WANT FOR CHRISTMAS IS YOU” AO VIVO!


MY KIND OF CHRISTMAS – CHRISTINA AGUILERA:

Christina Aguilera mal havia estourado pelo globo com o single “Genie In A Bottle” e o seu álbum homônimo, em 1999, quando viu que sua vida se resumia a fazer shows, dar entrevistas e não sair dos estúdios de gravação. Lançando seu primeiro álbum latino, “Mi Reflejo”, e o primeiro natalino, “My Kind Of Christmas”, quase que simultaneamente, ela subiu ao palco e divulgou seus três primeiros discos no especial da “ABC”  que mais tarde originou o VHS/DVD “My Reflection”. Mesclando música pop com R&B e natalina, Aguilera nos revela um pouco mais da poderosa voz anteriormente escondida nas batidas pop de seu disco debut, consolidando-se aos poucos como uma forte vocalista. Com covers de “O Holy Night”, “Have Yourself a Merry Little Christmas” e muitas outras, o trabalho já se inicia com a inéditas “Christmas Time”. “My Kind Of Christmas” estreou em #28 na “Billboard 200” e vendeu cerca de 1,2 milhão de cópias em todo o planeta.

ASSISTA A PERFORMANCE DE “CHRISTMAS TIME” AO VIVO!


HAPPY CHRISTMAS – JESSICA SIMPSON:

Já familiarizada com a música natalina depois do lançamento de seu primeiro disco inspirado no tema, “ReJoyce: The Christmas Album”, que inclusive vinha com um EP também natalino em sua versão deluxe, foi lá em 2004 que a cantora estreou em #14 na “Billboard 200”, vendendo 152 mil cópias na primeira semana. Seis anos mais tarde, com uma roupagem mais madura, a loira retorna à indústria musical com seu segundo trabalho festivo, “Happy Christmas”. Bem aceito pela crítica, Simpson foi elogiada pelo “New York Times” por conta de seus “vocais harmônicos que muito combinaram com o estilo abordado no álbum”, decretando ainda que a cantora “nunca soou tão focada em anos”. “Carol Of The Bells” e “Merry Christmas Baby” foram duas das regravações que muito chamaram a atenção do público e que você não pode deixar de conferir.

ASSISTA A PERFORMANCE DE “MY ONLY WISH” AO VIVO!


SANTA CLAUS LANE – HILARY DUFF:

Foi assim que Hilary Duff deu início à sua carreira na música: lançando um álbum natalino em outubro de 2002. “Santa Claus Lane”, gravado quando Hilary tinha apenas 15 anos e lançado sob o selo da “Walt Disney Records”, incluía duetos com Christina Milian e Lil’ Romeo nas faixas “I Heard Santa On The Radio” e “Tell Me a Story (About The Night Before)”, respectivamente. Regravando ainda “Wonderful Christmastime”, composta e lançada originalmente por Paul McCartney, o disco foi razoavelmente aceito pelos críticos, que ora criticavam “a sonoridade pouco natalina” e ora elogiavam “a presença de uma voz por trás de um rosto tão jovem”. “Santa Claus Is Coming To Town” e “Jingle Bell Rock” são, com certeza, os grandes destaques do disco que serviu para inserir Duff no mercado norte-americano e um ano mais tarde ser um hit com as músicas “So Yesterday” e “Come Clean”.

ASSISTA A PERFORMANCE DE “WHAT CHRISTMAS SHOULD BE” AO VIVO!


WRAPPED IN RED – KELLY CLARKSON:

Foi vestida de vermelho que a nossa “ex-American Idol” favorita liberou o seu sexto disco de inéditas, “Wrapped In Red”, em outubro de 2013. Já começando com a inédita faixa-título, o trabalho foi aclamado pela crítica, recebendo 73 de 100 pontos do site “Metacritic”, a melhor pontuação da loira até agora. Debutando em #3 na “Billboard” com vendas de 70 mil cópias na primeira semana, o álbum gerou dois singles com direito a três clipes oficiais, um lançado há um mês. Como parte de divulgação do álbum, foi ao ar na TV, em dezembro passado, um especial natalino exclusivo da cantora pelo canal “NBC”, o qual recebeu as participações especiais de Blake Shelton, Robin Williams e Whoopi Goldberg. “In Red” foi influenciado pela música pop, pelo jazz, soul e country.

ASSISTA AO CLIPE OFICIAL DE “WRAPPED IN RED”!


EP’s:

A KYLIE CHRISTMAS – KYLIE MINOGUE:

É com apenas duas canções, “Let It Snow” e “Santa Baby”, que a australiana Kylie Minogue liberou o seu quinto extended play em novembro de 2010, pela “Parlophone”. Um dia depois, o material foi relançado incluindo as faixas “Aphrodite” e “Can’t Beat The Feeling”, recebendo o nome de “A Christmas Gift”, músicas essas extraídas do 11º disco de inéditas da cantora. “Santa Baby”, já lançada nas vozes de Madonna, Shakira e Taylor Swift, é na verdade uma regravação antiga de Kylie, inclusa como b-side no single de 2000 “Please Stay”. Para promover o material, Minogue performou os dois clássicos do Natal há quatro anos, na cerimônia anual de iluminação da Árvore de Natal do “Rockfeller Center”.

ASSISTA A PERFORMANCE DE “SANTA BABY” AO VIVO!


THE TAYLOR SWIFT HOLIDAY COLLECTION – TAYLOR SWIFT:

Você já imaginou ouvir os maiores clássicos de fim de ano com uma roupagem country? Foi isso que Taylor Swift fez há sete anos com o seu primeiro EP, lançado pela “Big Machine Records”. Quando ainda não se aventurava pelo caminho pop, a loira nascida na Pensilvânia compôs e deu voz às inéditas “Christmases When You Were Mine” e “Christmas Must Be Something More”, aproveitando da oportunidade para gravar quatro grandes covers, entre eles a fantástica “Last Christmas”. Bem aceito pelo público, o EP chegou a #20 posição na “Billboard 200” e #1 no “Holiday Albums”. Deixando muitos com um gostinho de quero mais, grande parte das pessoas que ouviu o material não se conformou com um simples extended play e preferiu um álbum completo vindo de Swift (o que infelizmente não aconteceu).

ASSISTA A PERFORMANCE DE “CHRISTMASES WHEN YOU WERE MINE” AO VIVO!


SINGLES:

CHRISTMAS (BABY, PLEASE COME HOME) – LEIGHTON MEESTER:

Essa é para aqueles que gostam do Natal mas não curtem as típicas músicas natalinas que bombam em novembro e dezembro. “Christmas (Baby, Please Come Home)”, lançada originalmente por Darlene Love, em 1963, é um hit natalino já gravado também por Mariah Carey, U2 e Michael Bublé. A versão de Leighton, mais pop que cânone, foi incluída na coletânea “A Very Special Christmas 7” ao lado de covers de Miley Cyrus, Carrie Underwood e Ashley Tisdale. Divulgada em 08 de dezembro de 2009, foi um dos primeiros trabalhos de Meester em carreira musical, o que culminou anos mais tarde em seu primeiro disco de inéditas, “Heartstrings”, liberado esse ano.

OUÇA  “CHRISTMAS (BABY, PLEASE COME HOME)” NA VOZ DE LEIGHTON MEESTER!


MY ONLY WISH (THIS YEAR) – BRITNEY SPEARS:

Pois é, você pode não saber, mas nem a “Princesinha do Pop” escapou do clima natalino! Entretanto, ao contrário da maioria dos cantores que adoram regravar clássicos de décadas e décadas atrás, Britney resolveu focar em sua paixão pelo Papai Noel e liberou a inédita “My Only Wish (This Year)”, no inverno de 2000. Compondo ao lado de Brian Kierulf e Josh Schwartz, a canção entrou para a tracklist da coletânea “Platinum Christmas”, que ainda trouxe músicas de Christina Aguilera, Backstreet Boys e Whitney Houston. Comparada à Mariah Carey, “My Only Wish” recebeu críticas mistas e teve um desempenho moderado nas tabelas musicais, atingindo o #49 na “US Holiday Songs”.

OUÇA “MY ONLY WISH (THIS YEAR)”, CANÇÃO DE BRITNEY SPEARS!


CINEMAS:

JINGLE BELL ROCK –  LINDSAY LOHAN E ELENCO DE “MEAN GIRLS”:

Todos estamos cansados de ler que “Mean Girls” (“Meninas Malvadas”) entrou de cabeça na cultura pop e se consolidou como um dos filmes que mais ditou regras entre adolescentes de 2004 pra cá. Também, não é pra menos, já que Lindsay Lohan esteve no auge de sua carreira e novatas como Amanda Seyfried se preparavam para uma trajetória brilhante nos cinemas. Entre as inúmeras cenas que nos fizeram rolar no chão de tanto rir, uma merece destaque, e por isso inclui nesta publicação. Sim, estou falando da hilária cena na qual o quarteto de garotas sobe ao palco para uma apresentação colegial da épica “Jingle Bell Rock”. Após um problema técnico com a aparelhagem de som, cabe à Cady Heron (Lohan) a difícil tarefa de recuperar o controle da situação e dar uma palhinha do poder vocal de sua intérprete – que mais tarde veríamos nos álbuns “Speak” e “A Little More Personal (Raw)”.

ASSISTA A CENA DE “JINGLE BELL ROCK” EM “MEAN GIRLS”!

As 15 melhores coisas que aconteceram no mundo da música em 2014 (até agora)

Uma retrospectiva musical e “alternativa” do que de melhor aconteceu durante o ano.

O ano está quase chegando ao fim e junto com ele encerramos mais um período movimentado no mundo da música pop. Muitos álbuns foram lançados, muitos videoclipes bombaram no YouTube e diversos singles lideraram as tabelas musicais de todo o planeta – alguns chegando a passar semanas no topo da “Billboard Hot 100”, a parada estadunidense mais importante.

As maiores e mais influentes rádios provavelmente reproduziram “Happy” e “Fancy” no repeat por meses; isso sem mencionarmos as estrondosas “All About That Bass” e “Chandelier” que permanecem até hoje na lista das 100+ dos EUA. E como não é de se estranhar, Os DJs não perdem tempo e já começaram a liberar aos poucos os conhecidos mashups de fim de ano – vídeos que repassam os maiores sucessos dos últimos 12 meses numa versão remixada e unificada. Você pode, inclusive, conferir um deles aqui.

Como não sou muito diferente dos outros blogs e sites que aproveitam o momento pra fazer retrospectivas, depois de muito pensar e analisar, resolvi trazer pra vocês os 15 melhores momentos do ano que em minha opinião superaram qualquer hit nº 1 dos charts musicais. Para isso, resolvi deixar totalmente de lado o mainstream e tentei focar principalmente na música, que para mim seria o único caminho justo. Vale lembrar que deixei de mencionar grandes artistas que assim como os listados abaixo também mereciam uma menção nessa publicação, mas que por forças superioras não entraram no texto.

Sem mais delongas, vamos ao que nos interessa:

JANEIRO

1º/01 – Lady Gaga e Christina Aguilera se juntam para colaboração de ouro:

Após a circulação de inúmeros boatos envolvendo uma suposta rivalidade entre Christina e Gaga que bombardearam a internet em meados de 2008 e prosseguiram até 2013, nossas duas loiras resolveram colocar um ponto final e comemorar o Ano Novo com a divulgação de um remix oficial para o single “Do What U Want”, do álbum “ARTPOP”.

A nova gravação, na verdade, nada mais foi que a versão de estúdio para a épica performance realizada na final da 5ª temporada do “The Voice”, no qual Aguilera atua como mentora. Os vocais de R. Kelly, que está presente na versão oficial, foram totalmente substituídos pelos da “Voz da Geração” e a música ganhou novos versos exclusivos de Christina.

A apresentação conjunta não só serviu para selar a paz entre little monsters e fighters mas também entrou pra história da indústria fonográfica – convenhamos, a última vez que perdemos o fôlego desse jeito foi quando a mesma Christina se juntou à Britney Spears, Madonna e Missy Elliott pra uma performance bombástica de “Like a Virgin” e “Hollywood” no “Video Music Awards” de 2003. A batalha acabou!


– Britney Spears deixa de corpo mole e resolve “dançar até o corpo doer”:

Foi com o lançamento de “Britney Jean”, seu 8º álbum de estúdio, que nossa “Miss. American Dream” anunciou uma residência de shows em Las Vegas iniciada em dezembro de 2013. Coreografando seus maiores sucessos e três das novas músicas (“Work Bitch”, “Perfume” e por vezes “Alien”), a divulgação em cima da residência foi pesada, ganhando inclusive um documentário transmitido pelo canal “E!”, o “I Am Britney Jean”.

Deixando todo o esquema mecânico apresentado na “Femme Fatale Tour” – que apesar de linda foi pouco surpreendente – Britney tem apresentado movimentos muito bem elaborados e extraordinariamente criativos jamais vistos em anos, talvez por exceção da grandiosa “The Onyx Hotel Tour”, de 2004. Ainda mais em forma que na última turnê, a “Princesa do Pop” adquiriu um novo gás para prosseguir com o seu show e parece mais feliz do que nunca.

O sucesso da residência foi tão grande que as apresentações foram estendidas até setembro de 2015. Você não pode deixar de assistir esse vídeo que reproduz a mais nova fase da cantora e dançarina.


FEVEREIRO

04/02 – Jennifer Lopez volta às suas raízes com o single “Same Girl”:

Depois do fracasso comercial do disco “Brave”, de 2007 – que diga-se de passagem, é um dos melhores de sua discografia -, JLo passou anos gravando seu sucessor, resolvendo então investir numa nova sonoridade. Foi com isso que nasceu “Love?”, de 2011, guiado pelo destruidor hit “On The Floor”, em parceria com o rapper Pitbull. Daí em diante, Lopez adentrou cada vez mais na música eletrônica, fórmula essa repetida nos hits “Dance Again” e “Live It Up”.

Porém, se você acompanha a carreira musical da norte-americana desde o seu início, sabe que muita coisa mudou de 1999 pra cá. Em “Same Girl” podemos ver aquela mesma Jennifer que conhecemos em “On The 6” e mais tarde se transformou na mulher de “J.Lo”, “This Is Me… Then” e “Rebirth”. Além da batida poderosa e dos vocais fortes, o single promocional faz jus às origens da cantora – que fez questão de gravar o videoclipe pra faixa junto aos moradores de Castle Hill, bairro do condado do Bronx (Nova Iorque), aonde nasceu.

Liricamente, a música faz referências ao single “Jenny From The Block”, de 2002, o que torna a música ainda mais pessoal para a veterana e claro, seus fãs mais fieis. Boa, JLo!


MARÇO

14/03 – Kylie Minogue investe em nova sonoridade mainstream sem perder a essência:

Julho de 2011: com quatro singles extraídos de seu 11º disco de inéditas, “Aphrodite”, Kylie Minogue acabava de percorrer o mundo com sua bem sucedida “Aphrodite Les Folies Tour” e encerrava mais uma era dourada em sua carreira de ouro. Após o lançamento de mais um álbum muito bem recedido pela crítica e pelos fãs, muito se esperou do disco sucessor, fato esse que gerou uma expectativa sem tamanhos nos seguidores (e haters) da australiana.

Após quatro anos de espera, surge o extravasante carro-chefe “Into The Blue” governando “Kiss Me Once”, o novo material inédito. Acompanhado de uma enxurrada de críticas por parte de sua própria fã-base, as pessoas que ouviram o álbum foram tão surpreendidas que dois grupos se formaram após o seu lançamento: as que o aprovaram e as que o renegaram. Tudo, é claro, devido a ousadia de Kylie pela procura de novos horizontes junto ao público norte-americano – visto que sua carreira até então teve maior destaque na Europa e Austrália.

A verdade é que nenhum disco é gravado com o intuito de prosseguir ou superar o anterior, e nessa onda de criticar o trabalho alheio, muito se fala e pouco se analisa cautelosamente. São dois álbuns diferentes com temáticas diferentes, e apesar do morno desempenho comercial, “Kiss Me Once” é mais um trabalho que veio para consolidar a imagem profissional da cantora e nos mostrar que até sendo mainstream, Kylie Minogue jamais deixará de ser Kylie Minogue.


ABRIL


MAIO

03/05 – A versão acústica e não oficial de “PRISM” consegue ser superior à oficial:

Você já pensou em ouvir “Roar”, “Dark Horse”, “Walking on Air” e “Legendary Lovers” numa versão totalmente repaginada e acústica? Com o projeto independente do “Katy Perry Brasil” isso não só foi possível como também caiu de pára-quedas entre todos aqueles que duvidavam do talento vocal de Perry. Sem qualquer fim comercial ou ligação com a “Capitol Records”, o especial foi elaborado conjuntamente com o “Country Club Martini Crew” e levou incríveis 5 meses para ser finalizado.

Seguindo o sucesso do “Teenage Dream”, “PRISM” foi um dos discos mais vendidos do ano e manteve o nome da cantora em enfoque desde o seu lançamento até agora, enquanto roda o planeta com a “Prismatic World Tour” – que, diga-se de passagem, foi muito bem elogiada por diversos sites norte-americanos.

O legal do projeto é que, diferente da versão original que parece se dividir em duas partes – uma mais comercial e a outra pessoal – o “PRISM: Acoustic Sessions” tem a fascinante capacidade de entreter o ouvinte com sua tracklist intimamente bem colocada e magicamente amarrada. É boa música produzida por quem entende de boa música: os próprios fãs. Oficializa isso logo e chama esse pessoal pra trabalhar com você, Katy!


14/05 – Jacquie Lee libera o seu first single, a emocional “Broken Ones”:

Participando da 5ª temporada do “The Voice” e levando pra casa a 2ª colocação, Lee tem apenas 17 anos mas não vê problema nenhum em ser a mais nova aposta entre as jovens cantoras de sua geração, tendo tudo para construir um futuro promissor no ramo musical. Lembrando muito a sua mentora do reality show, Christina Aguilera, Jacquie é dona de uma voz poderosa pra sua idade, outro ponto em comum com a “Voz da Geração”- que também tinha apenas 17 quando gravou a música “Reflection” para a trilha sonora do filme “Mulan”.

A parceria entre as vocalistas é tamanha que, na noite da grande final do “The Voice” e em uma performance eletrizante, elas chegaram a cantar juntas a canção “We Remain” no palco do programa. É claro que todos que assistiram a apresentação se emocionaram muito, né?

“Broken Ones”, o primeiro single da garota, está incluído num EP de mesmo nome com outras quatro faixas, incluindo um cover para “Girls Just Want To Have Fun”, sucesso de Cyndi Lauper. Com uma letra arrepiante, Jacquie mostra em seu single debut que não é necessário chegar ao 1º lugar pra ser uma grande vitoriosa. “Às vezes somos deixados para trás, sentindo como se fôssemos os únicos. Mas, nós nascemos para tentar, somos apenas humanos”.


23/05 – Após 5 anos, Mariah Carey “para de se esconder” e libera novo material:

Lançado em 2009, “Memoirs Of An Imperfect Angel” foi o último disco de inéditas (sem contarmos o natalino “Merry Christmas II You”) liberado pela cantora. Conseguindo um desempenho razoável após os singles “Obsessed” e “I Want To Know What Love Is”, várias foram as tentativas de comeback feitas por Mariah, todas até então frustradas.

Provavelmente cansada de esperar pelo melhor momento, é retirado do forno o fresquinho “Me. I Am Mariah…The Elusive Chanteuse”. Com diversas colaborações especiais, o novo trabalho de Mimi difere em muito de seu antecessor, seguindo mais a linha do memorável “E=MC²”. Recheado de momentos pessoais (“Cry.”, “The Art Of Letting Go”), o álbum alcança pontos grandiosos (“Thirsty”, “You Don’t Know What To Do”, “Meteorite”) e ainda flerta com sonoridades da nova geração (“Money $ * / …”, “Dedicated”), introduzindo a maior cantora da década de 90 na década atual.

Para promover tudo isso e ainda relembrar seus maiores hits, Carey tem viajado o globo com a “The Elusive Chanteuse Show”: uma demonstração de que, apesar dos anos marcarem presença em sua vida, consegue muito bem dar conta do recado como ninguém. Como Mary J. Blige deixa claro na nova versão de “It’s a Wrap”: “Porque você é melhor do que tudo isso. Você é Mariah Carey, se lembra?”


JUNHO


JULHO / AGOSTO

22/07 – Jesse McCartney funda sua própria gravadora e lança álbum independente:

Com três álbuns lançados, todos sob o selo da “Hollywood Records”, McCartney viu o que seria o seu quarto disco de inéditas cair na internet por completo, mesmo após receber uma significativa divulgação. Com o single “Shake” já liberado, o que seria o início da era “Have It All” mal começou e terminou com um hiatos inesperado.

Passados dois anos, o cantor se desvinculou da antiga gravadora e liberou o EP “In Technicolor (Part I)”, que mais tarde se mostraria uma pequena prévia do próximo disco de Jesse, “In Technicolor”. Agora na “Eight0Eight Records”, de sua propriedade, a voz de “Superbad” experimenta uma nova fase na carreira, que neste ano completou 10 anos em setembro passado. Um bom tempinho, né? Um ponto interessante que observei há pouco tempo é que cada vez mais o cantor parece tomar as rédeas de sua própria carreira e imagem, sendo um dos poucos a ter total controle do que faz ou deixa de fazer – acho que muita coisa mudaria pra melhor se todos tentassem mais um pouco disso.

Muito mais R&B que pop, não é novidade que o antigo garoto de “Beautiful Soul” cresceu e se tornou um homem notavelmente superestimado – isso nós notamos logo em 2008, com o aclamado “Departure”. Basta saber se ele continuará nos surpreendendo com seu trabalho de qualidade ou se renderá ao fluxo musical que tantos artistas têm seguido de um tempo pra cá. Aqui você pode conferir um pouquinho mais sobre a carreira de Jesse McCartney.


29/07 • 12/08 – O retorno refrescante de Hilary Duff à música:

Seis anos se passaram desde “Reach Out”, o último single liberado por Hilary e que integrou a coletânea “Best Of Hilary Duff”, de 2008. De lá pra cá, a cantora e atriz estrelou diversos filmes, escreveu uma trilogia de livros e ainda teve tempo pra ser mamãe.

Sem uma data prevista para o lançamento de seu quinto álbum de inéditas, Duff surpreendeu seus fãs em 2014 com a liberação de duas novas músicas: “Chasing The Sun” e “All About You”, que provavelmente farão parte do novo trabalho. Fora da “Hollywood Records”, a loira agora divide a mesma gravadora com Britney Spears, Christina Aguilera, Kelly Clarkson e P!nk, a “RCA Records”.

Voltando às origens do álbum “Metamorphosis”, de 2003, que a deixou famosa pelos singles “So Yesterday” e “Come Clean”, Hilary parece ter deixado de lado sua fase dance-pop vivida em “Dignity” e tem caminhado em busca de uma sonoridade mais descontraída – bem semelhante ao folk-pop de Colbie Caillat, que a propósito, compôs “Chasing The Sun” ao lado do mestre Toby Gad (“If I Were a Boy”, de Beyoncé) e Jason Reeves (“Bubbly”, da mesma Colbie). O que será que vem pela frente? Você pode saber um pouco mais sobre a carreira de Hilary Duff conferindo nosso especial.


SETEMBRO

19/09 – Lady Gaga cumpre o prometido e lança disco de jazz em parceria com Tony Bennett:

Fascinado pela performance de Gaga com a música “Orange Colored Sky” num evento de gala realizado em Nova Iorque, há 3 anos, Bennett não se conteve e chamou a Mother Monster para fazer parte de seu próximo álbum, “Duets II”. Foi depois de gravar o clássico “The Lady Is A Tramp” que a dupla teve a brilhante ideia de unificar suas vozes num disco conjunto totalmente focado no jazz, área até então pouco explorada pela cantora pop em sua discografia.

Em “Cheek To Cheek”, o 5º álbum da cantora e o 57º do cantor, encontramos a perfeita sincronia formada pelos artistas, ora intercalando o cavalheirismo de Tony com a extravagância vocal de Stefani Germanotta. Deixando de lado todo e qualquer artifício visual, Lady Gaga nos apresenta uma faceta até então desconhecida pela maioria das pessoas. Com um talento nato para a música jazz, a voz da cantora nunca soou tão suave e poderosa como neste novo trabalho. Mais uma prova de que, quando se entrega de corpo e alma, Gaga supera todas as barreiras do possível e eleva seu nome na história da música. “Ela pode ser a rainha que está dentro dela, essa é a chance de se libertar e ser corajosa, vocês vão ver”.


OUTUBRO

17/10 – O segundo álbum solo de Nicole Scherzinger é uma delícia:

Todos tivermos o prazer de conhecer Nicole em 2003 quando o grupo The Pussycat Dolls estourou pelo mundo com diversos hits como “Don’t Cha” e “Jai Ho!”. Porém, após problemas internos entre as integrantes do PCD e o fim da união, em 2010, Scherzinger resolveu adentrar em carreira solo e um ano depois lançou seu primeiro disco, “Killer Love”. Sem a atenção do mercado norte-americano, o álbum foi encerrado pela turnê “The Killer Love Tour” e a cantora voltou para o “The X Factor UK”, aonde trabalhou como jurada.

De volta ao presente, foi há quase dois meses que a havaiana disponibilizou seu segundo disco de inéditas, intitulado “Big Fat Lie”. Com a viciante “Your Love”, o álbum já começa super alto astral, passando pela brilhante parceria com T.I. em “Electric Blue” e chegando no terceiro single, “On The Rocks”. Como segundo single, foi escolhida a música “Run”, triste balada que transborda todo o poder vocal da morena. “Big Fat Lie” permanece bem estruturado em todas as suas faixas, sendo um dos trabalhos mais coesos liberados no ano – destaque ainda para “Girl With a Diamond Heart” e “Heartbreaker”. Porque não basta cantar bem, amigos, precisa verdadeiramente ser urban conceitual.


29/10 – Leighton Meester libera seu disco debut e surpreende a todos:

Cinco anos depois do lançamento de seu primeiro single, “Somebody To Love”, uma parceria com o cantor Robin Thicke, finalmente é liberado o primeiro álbum da cantora e atriz conhecida por viver Blair Waldorf na série “Gossip Girl”. Seguindo um rumo completamente diferente do começo de sua carreira musical, Leighton não poupou esforços e qualidade em seu material de estreia, o disco “Heartstrings”.

Nesse sentido, vale reforçar aqui algo que disse há pouco mais de duas semanas e que ainda está de pé: é realmente memorável a atitude tomada pela novata, provavelmente a mais corajosa entre seus colegas músicos nesses últimos anos. Concordemos: não é qualquer um que resolve bater de frente com o mainstream e se sobressair tão bem.

Mais do que memorável, a jovem artista mostra-se como uma última esperança nessa indústria que a cada dia mais decepciona e desestimula seus integrantes a seguirem um caminho mais pessoal e fora do “porto seguro”. Você confere a matéria completa sobre a carreira de Leighton e o álbum “Heartstrings” acessando este link.


NOVEMBRO

06/11 – Selena Gomez abre seu coração em “The Heart Wants What it Wants”:

Foi ao lado da banda The Scene que Selena Gomez fez a sua estreia no cenário musical. Porém, de 2009 pra cá, muita coisa aconteceu na vida da ex-estrela da “Disney”. Quatro discos foram lançados (três ao lado do The Scene e um solo), muitos filmes foram gravados, o programa infantil estrelado pela morena chegou ao seu fim e, é claro, o namoro com Justin Bieber começou, teve os seus altos e baixos e hoje ninguém exatamente sabe em que pé parou.

Comemorando os cinco anos de sua trajetória junto à sucedida carreira com a música, Gomez resolveu presentear seus fãs e liberou neste ano a coletânea “For You” contendo seus maiores sucessos e mais três faixas inéditas. Contudo, a grande novidade do novo projeto fica por conta do novo single da cantora, “The Heart Wants What It Wants”. Já começando com uma intro devastadora, o videoclipe da música combinado com sua letra soam como o profundo desabafo de uma garota que teve seu coração estilhaçado sabe-se lá quantas vezes.

Deixando de lado o dance-pop reinante do “Stars Dance”, a vulnerabilidade da cantora com a música foi destaque na última edição do “American Music Awards”, quando Gomez subiu ao palco para uma apresentação intimista da canção. Selena nunca teve a voz de Demi ou a desenvoltura de Miley, mas, seu amadurecimento é algo que deve ser notado e ovacionado. Ponto pra ela!


10/11 – Taylor Swift brinca de bad girl em “Blank Space”:

Depois de ouvir o mais novo álbum de Taylor Swift por completo, o “1989”, tive a certeza de que “Blank Space” era uma das músicas mais fortes a se candidatarem para um futuro single de sucesso. E pelo visto a cantora teve o mesmo pensamento! Deixando o country de lado e investindo pesado no pop, Swift quase quebrou o recorde de álbum feminino com o maior número de vendas na semana de estreia. Vendendo 1,287 milhão de cópias logo no início de novembro, esse é o terceiro disco da loira a ultrapassar 1 milhão de cópias nos primeiros 7 dias de lançamento, sendo a única cantora a atingir tal feito.

“Space”, que encontra-se atualmente na #1 posição da “Billboard Hot 100”, brinca com os rumores levantados pelos tabloides de que Taylor seria uma namorada possessiva. Ela não nega a fama de namoradeira, mas deixa claro “que os garotos só querem o amor quando vem com a tortura, então não diga que não foi avisado”.

O videoclipe, dirigido por Joseph Kahn, é definitivamente um dos mais ousados e envolventes já gravados pela moça – acentuando ainda mais seu lado atriz que pudemos observar no longa “Idas e Vindas do Amor”. Vai me dizer que você não achou genial a ideia de colocar quadros de ex-namorados  da voz de “Red” espalhados pelo cenário? A química entre Taylor e o modelo que interpretou seu par romântico, Sean O’Pry, é de tirar o fôlego, principalmente em razão das cenas que retrataram os ataques histéricos da jovem. Mas, voltando à vida real, fica aqui a pergunta que não quer calar: qual será a próxima vítima de Swift?


28/11 – Madonna conta um pouco mais de sua vida em “Rebel Heart”, música vazada na web:

Admito que quando fiquei sabendo que Madonna esteve trabalhando com Diplo e Avicii para as faixas de seu próximo álbum de inéditas, por um leve momento cheguei a acreditar que um “MDNA” 2.0 poderia ser liberado em breve. Sem desmerecer o último lançamento de Madge, claro, que assim como qualquer outro teve seus pontos altos e baixos, mas é indubitável o “descontentamento” de grande parte dos fãs por conta do caminho seguindo pela veterana. Sem um grande e pesado hit ao nível de “Music”, “Hung Up” ou “4 Minutes”, a divulgação do CD, à época, pouco chamou a atenção daqueles que acompanharam as novidades musicais que bombaram há dois anos.

Agora trabalhando em seu 13º disco, as informações acerca do novo projeto têm sido guardadas debaixo de 7 chaves, sabendo-se apenas a confirmação de um produtor aqui e outro ali. Claro, tudo estava sendo protegido como segredo de Estado… até o vazamento de duas novas músicas: “Wash All Over Me” “Rebel Heart”. O destaque, porém, fica por conta dessa última. Recordando em muito o passado brilhante da loira, a canção soa como uma deliciosa fusão de “Ray Of Light” com “Don’t Tell Me”.

Seguindo a vibe de “Wake Me Up”, mega sucesso do Avicii,  os vocais de Madonna nunca soaram, em anos, tão leves e descontraídos. De volta às pistas de dança e com o que poderia ser um grande single em potencial, tudo que nos resta é esperar pelo próximo álbum da “Rainha do Pop” e curvar-nos (ou não) à nova era que se aproxima cada vez mais. PS: você NÃO pode deixar de conferir a letra/tradução.

Foi um ano bem movimentado, não acham? Quais serão os mistérios que nos aguardam para o próximo ano que começará em menos de 19 dias? Algum palpite?